O dia 2 de março de 2025 jamais sairá do livro de memórias de Sidnei Tavares. Foi a data que o jovem médio, de 23 anos, marcou o seu primeiro golo enquanto profissional de futebol.

No passado, o atual jogador do Moreirense já tinha tido motivos para celebrar, é verdade, mas quando estava ainda no seu percurso de formação, nomeadamente ao serviço dos ingleses do Leicester, clube ao serviço do qual chegou a realizar dois jogos na Premier League, na época 2020/2021 — foi titular no empate com o Burnley (1-1) e no triunfo sobre o Brighton (2-1), nos dias 3 e 6 de março de 2021, respetivamente.

Quando saiu de terras de Sua Majestade, o primo de Nani viu abrirem-se-lhe as portas do futebol português, no caso, através do FC Porto. Rumou à equipa secundária dos dragões, pela qual contabilizou, em época e meia, 42 jogos, tendo feito três assistências. Rumou, depois, aos Estados Unidos, para vestir a camisola do Colorado Rapids (fez cinco partidas), mas regressou esta temporada a solo lusitano, sendo aposta do Moreirense.

Tem muito mais para dar. Fisicamente é forte, tecnicamente é bom, percebe bem o jogo, e ainda pode atingir outros patamares, até porque é um jovem

E ao 26.º jogo ao serviço dos cónegos eis que surgiu o primeiro golo, que, diga-se, valeu a conquista de um ponto na receção ao Estrela da Amadora (1-1).

«A SUA EXPLOSÃO ESTÁ A DEMORAR UM POUCO»

A BOLA quis saber mais sobre Sidnei Tavares e falou com António Folha, que o orientou na formação B do FC Porto. «Recordo-me de um jovem com muito potencial. E acho que ainda há uma diferença muito grande relativamente ao potencial que ele tem e ao que já mostrou. Na minha opinião, tem muito mais para dar. Fisicamente é forte, tecnicamente é bom, percebe bem o jogo, e ainda pode atingir outros patamares, até porque é um jovem», começou por dizer.

O antigo internacional português diz que a carreira que Sidnei poderá vir a construir só depende… dele próprio: «Independentemente de marcar o primeiro golo só agora, acho que o Sidnei tem de perceber que tem mesmo muito potencial e que tem de acreditar nele. Acho que a sua explosão está a demorar um pouco face à qualidade que tem, mas ainda vai a tempo.»

«Ter vindo para Portugal acho que lhe fez bem. Evoluiu bastante e, sinceramente, considero que tendo estando no contexto do FC Porto também lhe fez bem. Percebeu algumas coisas que são importantes no futebol. Porque no futebol não basta só ter qualidade. Ainda é um jovem tem margem para evoluir», concluiu.