
O sonho de Portugal em conquistar o título mundial de futebol de praia terá lugar no… Paraíso – assim se chama a Arena na qual se disputa a edição de 2025 do campeonato do Mundo da modalidade (Arena Paradise), no cenário idílico das areias das Ilhas Seychelles.
Seis anos após a última conquista, em 2019, a equipa portuguesa, três vezes vencedora da competição, busca pelo tetra e iniciará o seu caminho com uma exigente partida frente ao Paraguai, que entra com esperanças reforçadas de apuramento para as fases a eliminar da competição, esta quinta-feira, pelas 17h30 portuguesas.
Na antevisão, o selecionador Mário Narciso – bicampeão mundial por Portugal -, prometeu uma equipa «à altura dos acontecimentos» e pronta para entrar a vencer na jornada inaugural da competição. «Da parte de Portugal pode-se esperar uma grande entrega e grande vontade de vencer. Penso que eles [o Paraguai] também terão essa vontade, mas espero que estejamos à altura dos acontecimentos e que se os nossos jogadores estiverem no seu normal vamos conseguir ultrapassar este adversário», projetou o técnico.
Até chegar a este encontro de abertura frente ao conjunto sul-americano, Portugal efetuou três encontros de preparação, dois deles frente a Itália (5-3 e 4-5), ainda em solo português, na Calheta, e o Japão (à porta fechada, já nas Seychelles). Relativamente a este último, Mário Narciso considerou-o um «incentivo» até porque, apesar de o resultado não ter sido divulgado, Portugal levou a melhor sobre a congénere nipónica.
«Um treino contra uma equipa que também está aqui presente no Campeonato do Mundo é sempre mais um incentivo que eles têm para continuar a trabalhar. É sempre bom jogar contra outras equipas de outro grupo que, se Deus quiser, iremos encontrar numa fase seguinte, sendo sinal que passámos», comentou sobre os últimos ajustes que Mário Narciso considera terem deixado sensações positivas para os encontros a doer. «Destes jogos de preparação retirámos alguns ensinamentos», assume o selecionador nacional.
«Penso que na parte defensiva temos vindo a melhorar, era uma das coisas que pretendia. Tem sido progressivo o nosso rendimento na partida quando não temos a bola, estou satisfeito com toda a entrega que os jogadores têm tido e, além disso, sinto neles uma grande vontade de vencer. Somos uma equipa que funciona muito bem como coletivo, mas que tem valores individuais que em qualquer momento da partida podem resolvê-la. É isso que espero e desejo», completou.
Portugal, recorde-se, integra o Grupo B, que integra ainda a Mauritânia, que defrontará no sábado, e o Irão, na próxima segunda-feira, ambos pelas 17h30, tal como o encontro inaugural desta quinta-feira.
Rui Coimbra pronto para o Mundial: «A equipa está preparada»
Como é tradição, Portugal entra com estatuto de uma das mais fortes candidatas a arrecadar o título e, a acontecer, tratar-se-ia do quarto ceptro mundial para as cores lusas após as conquistas de 2001, ainda sob a égide da Beach Soccer WorldWide, 2015 e 2019, estas já com organização da FIFA, que organização a prova desde 2005. Rui Coimbra esteve nessas últimas duas conquistas… e espera juntar uma terceira ao seu palmarés.
«A equipa está preparada, está a chegar ao momento que todos queremos, o Campeonato do Mundo. Temos vindo a trabalhar muito bem, já fizemos todos os treinos e agora estamos preparados para dar início à competição», projetou o capitão português.
Coimbra reserva o maior respeito pelo Paraguai, adversário que Portugal irá enfrentar na estreia. «Sabemos que é uma seleção muito forte, que na qualificação ganhou ao Brasil e depois perdeu na final. São uma seleção com muitos pontos fortes, no 2x2 correm muito, vamos ter de ter muita atenção para colmatar esses mesmos pontos fortes», antevê o defensor.
«A nossa dinâmica nos vários sistemas de jogo que apresentamos é uma das nossas grandes características e já nos tem valido muitas vitórias. A capacidade física também nos ajuda e, juntando tudo isso à qualidade técnica e tática, acho que conseguiremos fazer aqui um bom primeiro jogo. Depois de ter falhado os dois últimos jogos por lesão às portas do Mundial, é muito importante para mim voltar aqui sem lesões, 100% focado e em condições físicas, para poder ajudar a equipa», completou o jogador de 39 anos.