Marcelo Rebelo de Sousa falou, esta quinta-feira, ao país, logo após o término do Conselho de Estado, tendo confirmado a realização das eleições legislativas antecipadas a 18 de maio, após o Governo ter caído na sequência do chumbo da moção de confiança do Parlamento. A data, explicou o Presidente da República, foi a preferida pela maioria dos partidos.

«Portugal soube equilibrar as contas, reduzir dívida externa, atrair novos projetos, subir nas classificações nas agências financeiras. Tínhamos superado a solução de Governo. Tudo começou com questões sobre atividades passadas e efeitos presente. Entre janeiro e março surgiu uma crise aparentemente política como tantas outras. Do lado do Governo foi afirmado que o primeiro-ministro na sua atividade profissional tinha agido sempre com ética (...) do lado das oposições foi contraposto que podia ter havido desrespeito da lei, legitima ética e da moralidade. Acredito que o apelo dos portugueses seja um debate que dê força a quem nos venha representar na Assembleia da República, que dê força a quem nos vier governar, que dê força à democracia para superar crises que só a democracia tem, não a ditadura», disse Marcelo Rebelo de Sousa, que irá, na próxima quarta-feira, dia 19, dissolver o Parlamento.

Depois de um primeiro mandato de estabilidade com o governo de António Costa apoiado por Bloco de Esquerda e PCP - a famosa Geringonça -, o Presidente da República utilizou a chamada “bomba atómica” por três vezes no seu segundo mandato: primeiro para dissolver o Parlamento na sequência do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022; depois por causa da demissão de António Costa na sequência da Operação Influencer; agora no caso da Spinumviva e da polémica em torno de Luís Montenegro.