Em véspera do duelo com o Benfica, Luís Freire defendeu que o Vitória de Guimarães tem de «imaginar o sabor da vitória» na partida que fecha a 30.ª ronda da Liga.

«As equipas têm uma identidade forte e gostam de jogar. Temos de ser muito competentes e muito comprometidos. Temos de ter a sensação de que podemos ganhar o jogo. Quero os meus jogadores a imaginar o sabor da vitória e a procurá-la. Vamos ter de ser solidários e comprometidos. Vamos poder fazer os nossos golos», referiu, na antevisão ao jogo.

O treinador refletiu sobre o momento e as lutas em que os dois emblemas estão envolvidos e reconheceu que o Vitória, que corre pelo quinto posto com o Santa Clara, tem «uma pressão positiva» enquanto que, os encarnados, que estão envolvidos na luta pelo título com o Sporting, têm uma margem de erro menor.

«Neste momento a nossa pressão também é positiva. O Vitória já fez uma grande Liga Conferência, os jogadores tiveram muito mérito ao longo da temporada, tiveram três treinadores, mas mantiveram o grupo unido, disponível, com uma bitola elevada. Chegamos a esta fase da época com a possibilidade de voltar à Europa e essa é uma pressão positiva. Quem joga pelo título tem uma margem de erro ainda menor do que em luta pela Europa. A nossa pressão é positiva, queremos manter o registo de invencibilidade. Temos de ter uma atitude muito grande, focados no nosso jogo», defendeu.

Seguindo o raciocínio acerca da receção às águias, o técnico admitiu esperar «um jogo bem jogado, taticamente rico e com bons intervenientes».

«Estamos a falar de uma equipa que tem feito um bom campeonato, que está nos dois primeiros lugares, e de um Vitória que está cada vez mais forte. Será um jogo tático, com duas equipas que têm uma identidade forte. Temos um plano delineado, temos de ser competentes. Temos de ter a sensação de que podemos ganhar o jogo e lutar para vencer. Quero que os jogadores entrem em campo a procurar ganhar o jogo. Vamos ter situações de golo, vamos à procura disso. Temos a lição bem preparada, mas jogo é jogo e é lá dentro que se vai decidir isso», antecipou.

Invicto há 23 jogos na condição de visitado, Freire realçou o papel que os adeptos vitorianos no registo que impressiona.

«Sem dúvida que temos feito do fator casa um ponto fundamental a nossa caminhada. Também temos vencido fora, mas em casa sentimo-nos mais confortáveis, isso é indesmentível. Os adeptos do Vitória são especiais, dão muito energia à equipa, não é por acaso que a equipa aparece desta forma no final da época, olha para as bancadas e supera-se com o apoio dos adeptos», sublinhou.

Sem confirmar a disponibilidade de Tiago Silva para o encontro deste sábado (20h30), Luís Freire comentou as recentes queixas do Benfica em relação à arbitragem após o empate com o Arouca (2-2) e mostrou-se confiante «na competência, qualidade e integridade» do árbitro Gustavo Correia.

«O principal interessado de fazer uma boa exibição e de passar ao lado do jogo é o árbitro, com a sua equipa de arbitragem, e ficar à margem do resultado. O que interessa é os jogadores serem os protagonistas. Quem sejam eles a decidir o jogo dentro das quatro linhas, que sejam eles os artistas num grande espetáculo», concluiu.