Luís Freire já passou pela sala de imprensa da Academia do V. Guimarães para abordar o jogo com o Sp. Braga, que se realiza este domingo, pelas 20h30, no D. Afonso Henriques. A partida diz respeito à 22.ª jornada.

O que espera deste jogo com o Sp. Braga, o seu primeiro dérbi como treinador do Vitória?

É um jogo do campeonato sempre muito apetecível, um jogo muito interessante sempre. Qualquer treinador, jogador, está motivado para jogar. Nós sabemos também a importância do jogo para os nossos adeptos e para o clube. Portanto, nós queremos claramente fazer um bom jogo, dar uma boa resposta, puxar pelos nossos adeptos e esperar que eles nos apoiem muito. É um jogo em que queremos conquistar os três pontos. Podem esperar da nossa parte a máxima ambição. Preparamos bem a semana. Trabalhamos bem, estamos preparados para o jogo. Estamos confiantes também. Estudamos bem o adversário, focamo-nos também naquilo que é o nosso jogo.

Valoriza mais não ter sofrido golos nos últimos dois jogos ou preocupa-o mais a ineficácia frente ao Famalicão?

Claramente que queríamos criar mais perigo. Tivemos muita capacidade de ter bola. Tivemos um jogo ofensivo dominador, mas pouco perigoso para aquilo que nós queremos. Queremos ser mais perigosos amanhã, vamos fazer tudo para ser. O ataque é um fator que nós trabalhamos, como trabalhamos a parte defensiva. Não sofremos golos há dois jogos seguidos e poucas ocasiões demos. Isso foi com a aplicação dos jogadores, com o empenho, com a concentração deles. Nós temos que manter isso, que está bem, e acrescentar ao que queremos ser. Acredito que trabalhando sobre isso, com a qualidade que os jogadores têm, amanhã vamos conseguir criar esse perigo também.

Em teoria o Sp. Braga vai querer dividir mais o jogo por comparação com o Famalicão, isso pode beneficiar o Vitória?

Eu penso que são duas equipas que vão jogar um futebol à procura da baliza. Não tenho dúvidas que do nosso lado vai ser isso. Nós vamos à procura da baliza deles e que vamos fazer o nosso jogo. E acredito que o Sp. Braga também tem a sua qualidade para conseguir ter os seus momentos para conseguir também ter a bola e conseguir organizar. O que nós temos de ser é muito competentes nos quatro momentos de jogo, mais as bolas paradas. Portanto, temos de ser muito competentes também na orientação defensiva, na reação à perda da bola. Temos de ser espertos e perceber os momentos do jogo. E depois, sim, querer fazer o nosso jogo e querer criar mais perigo, das várias formas que podemos criar perigo. Os jogadores sabem o que nós trabalhamos. Estamos, como eu disse, preparados e confiantes na perspetiva do crescimento da equipa, primeiro numa vertente defensiva e depois já somos dominadores.

Estes jogos exigem algo diferente para no final conquistar os três pontos?

O fator fundamental é nós estarmos bem conscientes do que temos para fazer em campo. Ou seja, há muita emoção à volta, há muita paixão à volta. E nós temos estar muito focados no que temos para fazer, naquilo que é a estratégia que temos delineada para o jogo, a forma de jogar que nós temos, com bola, sem bola, nos momentos de reação, de equilíbrio, na bola parada. Temos de estar muito focados e absorver essa energia boa, que é uma energia de jogo com muitos adeptos atrás de nós, a querer a nossa vitória. Queremos transformar essa energia boa em atitude, em compromisso, em resiliência, em vontade de vencer, em ambição. E é isso que nós queremos lá para dentro do campo, a ambição de conquistar os três pontos.

A nomeação de João Pinheiro para VAR cria desconforto ao Vitória?

O Vitória já manifestou nas suas redes sociais o que pensava disso.É um facto que o João Pinheiro esteve no VAR, no jogo em Braga, e é um facto que vai estar neste. Portanto, nós que vamos jogar o jogo temos de estar focados no que nós controlamos. Tudo o resto já foi falado também nas redes sociais e não vou estar aqui a comentar da minha parte também esse tema, porque é um facto que vai acontecer nos dois jogos.

Há 13 pontos a separar as duas equipas, essa diferença reflete a diferença de valor das duas equipas?

O que eu sinto é que nestes jogos nunca há um favorito. Nestes jogos, são jogos sempre muito equilibrados, definidos por detalhes. Estar para a frente é aquilo que as equipas vão querer fazer nesse jogo. E eu acredito muito na minha equipa, acredito muito nos jogadores, acredito na nossa vontade, acredito na nossa união, acredito na nossa postura. Nós temos tido uma equipa com muito mais energia no campo, com foco, dominadora. Há coisas para melhorar, como é lógico, não se faz tudo em três semanas ou quatro semanas. Mas estamos a dar esses passos nesse sentido e acredito que vamos estar à altura do jogo. Jogamos em casa, mas não há favoritos neste jogo. Jogamos em casa e sabemos que os nossos adeptos vão ser fundamentais. Acredito que eles também vão transmitir muita energia para os nossos jogadores. E eu conto com eles também para nos ajudar a fazer a diferença, para trazer os três pontos e a vitória.

Sente que falta algo a Chucho Ramírez para ‘explodir’?

É um jogador que está cada vez a trabalhar melhor no treino. É visível para mim que ele está a trabalhar muito bem no treino, como acontece com alguns jogadores que não estão a jogar agora de início, que têm entrado também, e que estão a trabalhar muito bem no treino. Eu tive a oportunidade de dizer ao grupo hoje isso também, que estou atento. O Chucho tem qualidade, uma capacidade finalizadora acima da média. Nós estamos a conhecê-los ainda mais a fundo. Mas eu acredito que ele, continuando a trabalhar como está, a oportunidade aparecendo, ele poderá ajudar a equipa. E para ajudar a equipa às vezes não é preciso os 90 minutos. Ninguém sabe se amanhã um jogador pode fazer toda a diferença a sair do banco. Portanto todos eles contam e vão ser importantes. Vamos ter um calendário muito adensado daqui para a frente, com jogos importantes para nós. Portanto, o Chucho é um deles que conta para mim. E como é lógico, estou a tentar ao máximo, no treino também, transmitir confiança. Mostrar que ele é capaz também de fazer coisas boas.

Dá alguma confiança extra para o jogo o facto de como treinador não perder há muito tempo nas partidas em casa?

Isso está para trás, conta pouco. Isso são dados e estatísticas dão coisas muito boas, outras que não são é assim tão boas. O que nos dá confiança é aquilo que nós fizemos no último jogo em casa e também não sofremos golos em Famalicão. Queríamos ter ganho o jogo, não conseguimos mas estivemos por cima. Isso foi claro e nítido. Queremos melhorar e temos que melhorar. E sabemos disso.

Alguma ansiedade por se estrear neste dérbi?

Qualquer adepto de futebol gosta deste tipo de jogo, gosta destas rivalidades e de estar presente na disputa delas. A minha carreira foi a disputar muitas decisões, muitas vezes jogos decisivos. Portanto, estou habituado a esta forma de ter que abordar estes jogos, com a atitude, com o ímpeto certo. Nós sabemos o que é que temos para fazer, não é só por ser este jogo. Nós temos que ser sempre assim, com um ímpeto muito forte. Eu penso que a equipa, nos últimos dois jogos, entrou assim em campo e amanhã não pode ser exceção. Tem que ser, mais uma vez, essa força que a gente tem que mostrar. Com casa cheia é sempre muito bom para qualquer profissional do futebol. É para isto que a gente trabalha.

O lote de indisponíveis…

É exatamente igual à semana passada.