A primeira conferência de Lito Vidigal foi de também de apresentação como novo o treinador no Boavista. O técnico fez a antevisão do jogo contra o Estrela da Amadora ao lado de Fary, presidente da SAD, que fez uma introdução sobre o processo que conduziu ao levantamento dos impedimentos na FIFA.

«Ainda faltam muitas jornadas para o fim do campeonato, mas também há esta situação do Boavista, que está a poucos pontos da zona de manutenção, e dos novos reforços. São jogadores que já estão também há algum tempo parados e que necessitarão, certamente, algum tempo a ganhar ritmo competitivo», disse.

«Antes de mais, fazer a referência ao sr. presidente da SAD. É um homem abnegado, com uma postura dinâmica, tem tido uma atitude que não é normal numa situação destas. O mais normal era nós não estarmos aqui a falar sequer, não termos conseguido inscrever os jogadores. Vejo, pela coragem, pela atitude, que é um homem que consegue encontrar muitas pessoas que o ajudam, tem muitos amigos.  Olhar para a Dra. Adelina Trindade Guedes [vogal da SAD] também, que é peça importante neste momento. Conseguimos inscrever os jogadores, também pelo trabalho da dra. Adelina e esta equipa do Presidente da SAD. Sobre este desafio, não sei se é o maior desafio da minha carreira, agora continuo a dizer que o Boavista é o maior clube que eu já treinei. O Boavista tem alma. E estas palavras do presidente também sinalizam a grandeza do Boavista. Os boavisteiros não desistem. E é essa mensagem que tem de ser passada para estes jogadores. Os que já cá estavam, que não podem nunca desistir, e os que estão a chegar, que têm de começar aos poucos», situou Lito Vidigal.

O treinador chega com espírito de missão. «Acima de tudo, isto é uma missão e não me importo de assumir essa missão. Sei que é difícil, até pelos problemas que foram sendo ultrapassados. Vai ser duro, vai ser muito difícil, vai ser uma reta final de campeonato duríssima, mas acredito que vamos conseguir os nossos objetivos. Vamos sofrer, vamos saber sofrer juntos, vamos ter que de vez em quando sentir alguns dissabores, mas temos de ter inteligência, temos de ter solidariedade para dividirmos esses dissabores, para que no final possamos abraçar-nos todos e festejarmos aquilo que é o nosso objetivo, que é estar na Liga», afirmou Lito Vidigal.

Esta semana, foram levantados os impedimentos da FIFA, e o Boavista inscreveu nove reforços: o guarda-redes Tomas Vaclik, os defesas Osman Kakay, Sidoine Fogning, Vitalii Lystov, Steven Vitória e Layvin Kurzawa, o médio Marco van Ginkel e os avançados Moussa Koné e Gboly Ariyibi. O treinador não esclareceu com quais pode contar para a receção ao Estrela da Amadora: «Espero que estejam todos disponíveis para poder participar. Os jogadores que estiverem disponíveis, se tiver de os utilizar em determinado, momento, vou utilizá-los. É quase impossível estarem na melhor forma, mas certamente que se não conseguirem fazer 90 minutos, farão 80 e alguns até farão um pouco mais. »

O técnico tem a certeza de que os adeptos estarão ao lado da equipa: «Os adeptos do Boavista sabem quando podem exigir ou não. Eles são sempre exigentes, mas o que eu senti nos últimos jogos, mesmo desta época, é que os adeptos têm uma maturidade futebolística muito grande, eles sabem quando exigir, sabem quando apoiar, sabem quando tê, de estar presentes. O Boavista Futebol Clube, continua vivo, continua a competir, porque tem uma massa adepta presente. Por isso é que o Boavista vai ser sempre o Boavista, por causa dos seus adeptos e é isso que nós queremos deles, que abracem esta causa, abracem o trabalho que o seu presidente fez até aqui e abracem estes jogadores, porque com maior ou menor dificuldade, estes jogadores vão aprender que estar no Boavista é dar sempre o máximo.»

No boletim médico está o lote formado por João Gonçalves, Luís Pires, Augusto Dabó, Marco Ribeiro, Filipe Ferreira e Tomás Silva. Ibrahima Camará cumpre castigo, mas, em contrapartida, Abascal regressa às opções depois de dois jogos de suspensão.