O queniano Kibiwott Kandie, ex-recordista mundial da meia maratona, foi suspenso pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) por não se sujeitar a um controlo antidoping, anunciou esta sexta-feira o órgão.

O atleta de 28 anos é acusado pela AIU de "evitar, recusar ou não se submeter à coleta de amostras", facto que lhe poderá custar uma pena até quatro anos.

Em 2020, em Valência, em Espanha, Kandie bateu o recorde mundial da meia maratona por quase meio minuto, fixando-o em 57.32 minutos, num ano em que foi vice-campeão do mundo, na cidade polaca de Gdynia, atrás do ugandês Jacob Kiplimo.

Esta marca de Kibiwott Kandie continua a ser a quarta melhor de sempre nos 21,0975 quilómetros, apesar de ter sido batida por Jacob Kiplimo (57.31 minutos, em 21 de novembro de 2021, em Lisboa, e 56.42, em 16 de fevereiro de 2025, em Barcelona) e do etíope Yomif Kejelcha (57.30, também em Valência, no dia 27 de outubro de 2024).

Nos últimos anos, vários atletas quenianos têm sido punidos pela AIU, entre os quais Michael Saruni, que em 2024 foi suspenso por quatro anos por ter pedido a uma pessoa parecida com ele que se submetesse a um controlo antidoping, durante as provas seletivas do Quénia para o Campeonato do Mundo e para os Jogos da Commonwealth, em Nairobi, em 2022.

Rhonex Kipruto, outro recordista internacional de estrada de 10 quilómetros e medalha de bronze mundial em 2019, foi suspenso até maio de 2029, depois que o tribunal disciplinar da AIU ter encontrado "irregularidades no seu passaporte biológico resultantes de doping".