No mesmo dia em que o 'Relevo' avança com a informação de que Jordan Díaz terá sido perdoado pela World Athletics de uma suspensão por faltas de comparência a três controlos antidoping no espaço de um ano, algo que aconteceu em 2022, o atleta cubano naturalizado espanhol no último verão concedeu uma entrevista à 'Runners World'. Desta feita, o atual campeão olímpico e europeu, depois de ter superado Pedro Pablo Pichardo tanto na final de Paris'2024 como em Roma, falou da relação que tem com o luso-cubano e como este tentou desestabilizá-lo durante a competição na capital italiana.

"A origem da tensão com Pablo Pichardo? Foi dali mesmo, da qualificação em Roma. Nunca tivemos qualquer tipo de aproximação ou algo do género. Ele tem 30 anos, eu tenho 23. Não coincidimos em nada. Ele irritou-se com algumas declarações. Não sei se quis desestabilizar-me, mas, se foi isso, o tiro saiu-lhe um pouco pela culatra. Não posso dizer muito mais porque não tinha falado com ele", começou por dizer Jordan Díaz.

E continuou: "Roma foi uma competição mais de pique do que outra coisa. Era o Pichardo e eu e depois os outros. Enquanto lá estivemos, com toda a tensão e todo aquele pique... o Iván [treinador, também ele de nacionalidade cubana] estava claramente chateado com a situação. Nunca o tinha visto assim. Ele estava muito ansioso, enquanto que eu estava muito calmo. Disse-lhe: 'Calma, não te preocupes. Estamos a competir, estamos bem'. No quinto salto, ele disse-me para pôr um pé mais atrás e correr, a única coisa que eu precisava de fazer, não parar, não abrandar. E foi exatamente o que eu fiz, acabando por sair aquele salto [18,18 metros, o recorde de Espanha e o segundo melhor da história]."

Jordan Díaz recordou ainda que Pablo Pichardo tentou pressioná-lo quando se encontraram no hotel. "Sim, sim, também aconteceu. O que eu estou a dizer é que não sei qual era o plano dele, se era para desestabilizar ou o quê, não sei. Se era para desestabilizar-me, parece-me que lhe correu um pouco mal", disse.