Rebentou a confusão no Estádio do Bessa. Ao minuto 37 do duelo entre Boavista e Vitória Sport Clube, o guarda-redes vitoriano Bruno Varela, a jogar na primeira parte de costas para a baliza onde está a claque boavisteira, saiu da baliza e informou o árbitro da partida de que foi vítima de insultos alegadamente racistas.

«Eu ouvi, eu não sou burro» parece ter sido dito pelo guardião cabo-verdiano, que salientou várias vezes que tinha compreendido perfeitamente as palavras que lhe foram dirigidas pelos adeptos axadrezados.

O capitão vitoriano, visivelmente indignado, deslocou-se depois para a linha de fundo para dialogar com Lito Vidigal, treinador do Boavista, que de forma fraterna convenceu-o a regressar à partida. Rodrigo Abascal, uma das figuras do Boavista, pediu calma aos adeptos da casa. Foi lançado um alerta sonoro no Estádio do Bessa para que se parassem com quaisquer insultos.

Após bastante insistência de colegas e adversários, Bruno Varela voltou à baliza, mas à medida que se aproximava da mesma gesticulou várias vezes que tinha ouvido os insultos que foram proferidos.

A partida acabaria por ser retomada alguns minutos depois do incidente.