A nova aventura de Lewis Hamilton na Fórmula 1, mais especificamente, na Ferrari, tem suscitado todo o tipo de comentários, com várias previsões sobre se o britânico se vai sair bem ou mal na equipa mais bem sucedida do Grande Circo.

No entanto, talvez ninguém tenha sido tão radical quanto Bernie Ecclestone, o antigo chefe da categoria rainha do automobilismo. O antigo dirigente foi direto quando questionado sobre o contrato de duas temporadas de Hamilton com a equipa de Maranello. «Ele não vai durar tanto tempo», disse ao The Telegraph.

Mesmo que Lewis se saia bem, ele ainda terá muitos inimigos

Ecclestone considera, ainda, que o sete vezes campeão mundial não será o número um na Scuderia: «Acho que o Lewis não vai ter a mesma atenção na Ferrari. Em primeiro lugar, a equipa está contente com Charles Leclerc, o seu companheiro de equipa. Charles fala a língua deles, por isso vão tomar conta dele. Mesmo que Lewis se saia bem, ele ainda terá muitos inimigos, porque ele é o novato.»

«Não se trata da idade dos pilotos, mas de há quanto tempo eles estão fazendo a mesma coisa. Pensei, com o Lewis: 'Ele está a ficar cansado. Perdeu a motivação'. Se ele nunca tivesse ganho um campeonato do mundo, poderia ser diferente, porque então ele teria um incentivo para ganhar um, mas ele ganhou sete», disse.

Relação a esfriar-se

A relação de Hamilton e Ecclestone mudou muito nos últimos anos. Quando Lewis se estreou na F1, em 2007, altura em que Bernie ainda estava no comando, era constantemente elogiado pelo patrão supremo.

Foi assim durante muitos anos, até o piloto natural de Stevenage começar a criticar certas declarações do dirigente. Como, por exemplo, quando Eccleston afirmou que «os negros são mais racistas do que os brancos».

O piloto classificou essas palavras como «um comentário ignorante e rude«. Posteriormente, o executivo tomou uma posição a favor de Max Verstappen e da Red Bull na polémica corrida em Abu Dhabi, em 2021, onde Hamilton perdeu a chance de ganhar oitavo título. Desde então, Bernie foi sempre um forte apoiante do holandês, em detrimento do britânico.