Yassine Cheuko, o popular segurança do argentino Lionel Messi, veio a terreiro comentar uma série de temas relacionados com a sua atividade profissional e, acima de tudo, deixar algumas verdades sobre aquilo que lhe cabe ou não fazer junto ao rectângulo de jogo.

Depois de um invasor ter conseguido chegar ao argentino, no duelo Inter Miami e Sporting San Miguelito, no Panamá, Cheuko explicou que a sua missão é proteger o craque e não fazer uma monitorização completa ao relvado.

"Gostaria de expressar a minha sincera gratidão às equipas de segurança das Honduras e do Peru pelo seu profissionalismo, que foram de valor tremendo para mim.

Não é meu trabalho parar adeptos que invadem os campos. Essa é a responsabilidade das equipas de segurança dos estádios. Mas vamos ser honestos: a maioria dos seguranças - e quero enfatizar que escrevi "a maioria", sem generalizar - não está totalmente focada no seu trabalho. Em vez de garantirem a segurança, eles estão mais ocupados a ver os jogos, a tirar fotos e e a gravar vídeos. E, pelo facto de não estarem a prestar atenção, tomei a decisão, a partir de uma iniciativa própria, de entrar no relvado e tentar solucionar a situação gerada pela invasão.

Por favor, senhores profissionais de segurança, peço a todos vocês, com o respeito e seriedade que este tema merece - fiquem vigilantes. Façam o trabalho para o qual são pagos. A segurança dos estádios, dos jogadores e dos adeptos depende de vocês. Estarei sempre pronto para ajudar e estarei sempre pronto para intervir quando for necessário, mas, se vocês não fizerem a parte que vos cabe, essa é uma missão muito difícil para realizar sozinho.

Não sou uma celebridade e não tenho qualquer ego. Não ganho 3 milhões de dólares por ano, como alguns meios de comunicação dizem. Sou um simples trabalhador, como milhões de outras pessoas, que dá o seu melhor todos os dias para cumprir a sua missão com dedicação e honra. O meu trabalho é garantir a segurança das pessoas para quem trabalho, sem magoar os adeptos. E, para realizar isso, vou fazer tudo o que for preciso.

Estou pronto para correr pela relva de ténis. Estou pronto para cair de cara no chão na frente de milhares de pessoas. Estou pronto para ser empurrado, agredido e humilhado, se for necessário. Nada disso me importa, porque não é a minha imagem que importa, apenas a minha missão. E, se um dia tiver de dar minha vida para realizar o meu trabalho, farei isso sem pensar duas vezes."