
A meses de completarem 100 anos, os Harlem Globetrotters andam em tour pela Europa a mostrarem o porquê de serem conhecidos como a equipa de basquetebol mais louca do Mundo. A viagem terá algumas paragens em Portugal entre final deste mês e início do próximo, mas, antes disso, Record voou até Londres para os ver em exibição na O2 Arena. E não saímos de lá desiludidos.
Vimos truques, lançamentos da bancada direitinhos ao cesto, afundanços espetaculares e, sem surpresas, mais uma vitória dos Globetrotters frente aos rivais de sempre, os Washington Generals. Isto de uma forma resumida, porque se formos ao pormenor temos uma história de várias horas para contar. Vamos então começar pelo início.
16 horas em Londres, espetáculo a três horas de arrancar e já se veem muitas camisolas dos Harlem Globetrotters a 'passear' nas imediações da O2 Arena. Crianças, sobretudo, entusiasmadas com a possibilidade de verem ao vivo os craques que acompanham diariamente nas redes sociais e nos vídeos do Youtube. "O Dragon e o Too Tall são os meus favoritos. Quero muito conhecê-los e mostrar-lhes que também sei alguns truques", contou-nos o pequeno Ryan, que aos 9 anos já sabe na ponta da língua o que faz cada um dos craques que está prestes a encontrar. "O Dragon é rookie mas para mim já é quem faz os melhores afundanços, parece que tem molas nos pés. O Too Tall é o rei da longa distância, é o Steph Curry dos Globetrotters", acrescentou Ryan, que além do entretenimento dos Globetrottres também diz ser um grande fã dos Golden State Warriors. Mas enquanto Curry e companhia não vêm até à Europa, é com os craques das jogadas loucas que se vai entreter ao vivo, desta vez com o extra de os poder conhecer pessoalmente antes do jogo começar.
Sim, porque antes do verdadeiro show, os mais novos têm a possibilidade de dividir o campo com os jogadores dos Harlem Globetrotters para tirar fotografias, caçar autógrafos e até para aprender alguns truques e fazer lançamentos ao cesto. A iniciativa dura mais de 30 minutos e levou à loucura as centenas de jovens que, acompanhados pelos pais, puderam conviver com os craques que estão habituados a ver no computador.
"O Dragon é rookie mas já é quem faz os melhores afundanços, parece que tem molas nos pés. O Too Tall é o rei da longa distância, é o Steph Curry dos Globetrotters"
Finalizada esta primeira etapa da atuação dos Globetrotters em Londres, os jogadores recolhem aos balneários para algum repouso antes do verdadeiro espetáculo começar. As bancadas da O2 Arena vão enchendo ao ritmo da música escolhida pela DJ portuguesa Deanna Richmond e, a meia hora das 19 horas, as estrelas da companhia são chamadas ao palco do jogo. Antes entram os vilões, os Washington Generals, o rival de sempre dos Globetrotters que mais não fazem do que umas ligeiras cócegas, conforme se comprova com as três vitórias em toda a sua história, a última delas em 1971... Foram recebidos com assobios, pois claro.
Jogadores em campo, bancadas cheias... showtime! E antes da bola ao ar, espaço para alguns truques, lançamentos desde as bancadas e afundanços espetaculares. O público na O2 vai ao delírio e, entre brincadeiras, eis que começa o jogo. Sem espaço para surpresas, os Globetrotters vão somando pontos sem grande resposta por parte dos Generals, adivinhando-se mais uma vitória fácil. Mas o resultado é o que menos importa, com os milhares nas bancadas a torcerem, isso sim, por jogadas vistosas e humilhantes para o pobre rival dos reis da festa. Pelo meio um sem número de brincadeiras com o árbitro, com os treinadores e até com algumas pessoas do público. Tudo em prol do entretenimento único que é proporcionado num espetáculo dos Globetrotters.
Com o cronómetro a caminhar para o fim e com o marcador a apontar para uma vantagem de mais de 20 pontos para os Globetrotters, eis que tudo muda num ápice: as equipas concordam que, a bem da competitividade, o resultado passa a estar empatado e quem marcar mais pontos em dois minutos é o vencedor do jogo. O equilíbrio, contudo, durou pouco e, no final das contas, ganhou o do costume. E com estilo, visto que os derradeiros pontos foram conseguidos da forma mais espetacular possível, com um grande afundanço. Não poderia ser de outra forma, não estivéssemos nós a ver os Globetrotters, os reis do espetáculo.
Agora, quem os quiser ver in loco há sete datas disponíveis em Portugal. A tour começa em Albufeira (30 de maio), segue para Viseu (31 de maio), depois Lisboa (1 de junho), Porto (2 de junho), Braga (3 de junho), Vila Nova de Gaia (4 de junho) e fecha em Évora (5 de junho). Entretenimento não faltará, isso é garantido.