
A seleção feminina de Portugal mede forças com a congénere da Bélgica na próxima quarta-feira, em encontro a contar para a segunda jornada da fase grupos da UEFA Nations League.
Francisco Neto, técnico das navegadoras, fez a antevisão da partida e falou sobre as escolhas para o jogo da primeira jornada e as possibilidades táticas para a visita à seleção belga.
Francisco Neto, em discurso direto
Antevisão ao jogo: «Vamos encontrar uma Bélgica muito motivada, com uma organização diferente do que teve durante os anos em que o Ives foi treinador. Tivemos um jogo para observar e aquilo que percebemos é que continua a ser uma Bélgica muito competitiva, carregada de bons valores individuais e com jogadoras muito experientes no contexto internacional.»
Estudar adversário após troca de treinadora: «É sempre mais complicado, no sentido em que gostávamos de conhecer mais o adversário e ter um padrão de fundo daquilo que é o adversário e quando tens só um jogo frente à Espanha, sabíamos logo à partida que na organização ofensiva da Bélgica elas iriam ter menos bola e que muito do jogo iria passar pela organização defensiva, pelo momento de transição. Ao mesmo tempo, há sempre a grande dúvida se foi algo único daquele jogo ou se é algo que vão querer apresentar nesta Liga das Nações. Acima tudo temos de preparar a nossa equipa em função de nós e procurar preparar os cenários que podemos encontrar. As jogadoras têm de perceber e reconhecer as ações do jogo para que amanhã se sintam confortáveis independentemente da estratégia da Bélgica, sendo uma equipa com identidade.»
Polivalência de tática da seleção: «Acima de tudo é algo que me deixa muito tranquilo é ter uma equipa que, independentemente da estrutura em que iniciemos o jogo, no decorrer do jogo consigamos alterar. Isso para nós demonstra o talento e a inteligência das jogadoras e para a equipa técnica é um sossego nesta capacidade que elas têm de interpretar aquilo que nós queremos. Para amanhã temos a nossa estratégia delineada.»
Trajeto ao comando das navegadoras: «Estou muito orgulhoso deste trajeto e de estar onze anos a representar o nosso país à frente de uma equipa que nos tem dado muitas alegrias.»
Telma fora das opções frente à Inglaterra: «Foi opção técnica, em torno da estratégia e em função do rendimento em preparação para o jogo. Sabemos que a Telma veio de uma lesão e está a ganhar ritmo e está tudo tranquilo. Vamos ver se vai crescer para nos poder ajudar.»
Alterações no estilo de jogo: «Temos de estar muito concentrados nos momentos de perda, acho que vai ser mais equilibrado e que a Bélgica vai procurar ter mais bola, assim como disseram a treinadora e a capitã da equipa no final do último jogo. Isto com o máximo de respeito por quem chegou a uma equipa e em quatro treinos conseguiu fazer e competir da forma como elas competiram. É uma equipa que vai estar em crescendo até ao Europeu e amanhã teremos a primeira oportunidade de conhecer esta Bélgica naquilo que vão ser três jogos em cinco meses.»
Voltar ao top-20 do ranking de seleções: «Acreditamos e trabalhamos para isso. Sabemos que tem tido muito impacto no momento das qualificações e sorteios. Sabemos que a posição no ranking nos pode favorecer e, sem dúvida nenhuma, que é um dos desafios que temos internamente é melhorar a nossa condição e a nossa posição porque desportivamente nos irá beneficiar.»