As mensagens que circularam no grupo dos Super Dragões no WhatsApp estão a ser tema, na tarde desta segunda-feira, da primeira sessão do julgamento no âmbito da Operação Pretoriano. Fernando Madureira continua a responder às perguntas que lhe são colocadas, algumas delas feitas pela advogada do FC Porto, já que o clube constitui-se assistente.

Antes disso, a procuradora do Ministério Público confrontou Fernando Madureira com algumas mensagens que caíram no grupo de WhatsApp dos Super Dragões, no dia da Assembleia Geral do FC Porto de 13 de novembro de 2023. "Este grupo tinha cerca de 300 participantes. Se deixava de ir lá meia hora tinha logo 500 mensagens, era impossível ver todas as mensagens", reagiu o antigo líder da claque. "Amanhã lá estaremos, contra tudo e contra todos" ou "arranjem cartões de sócios, amigos, familiares. Dá na mesma", foram algumas das mensagens lidas antes de terminarem as perguntas por parte do Ministério Público.

Já em representação do FC Porto, Sofia Ribeiro Branco questionou Macaco sobre o que foram fazer à reunião magna as pessoas que não eram sócias do FC Porto. E o antigo líder da claque desviou: "Isso tem de perguntar a quem não era sócio. Eu sou sócio há 30 anos, com quotas pagas e por isso fui à assembleia."

A advogada dos dragões também leu uma mensagem de uma suposta apoiante de André Villas-Boas, a quem Madureira disse que "da próxima vez" que a visse a tirava do Dragão "pelos cabelos". Macaco recusa a ideia de isso ter sido uma ameaça, alega que isso foi escrito "no sentido figurado" e justificou-se dizendo que tem "mulher, filhas, mãe e sogra."

"Quando era líder dos Super Dragões estava em mais de 80 grupos. Eu muitas vezes dizia 'ok, ok', mas era só para despachar, nem lia as mensagens. Até me gozavam e chamavam-me o 'ok, ok'.