Tal como sucedeu na semana passada antes do jogo com o Estoril, Tozé Marreco mantém-se em silêncio e não efetuou a antevisão ao encontro com o SC Braga, que se realiza neste sábado (15:30h) no Estádio São Luís, em Faro. Sem vencer há 10 jornadas na Liga, os algarvios lutam pela sobrevivência numa conjuntura adversa: são penúltimos com 17 pontos e estão a seis do Aves Sad, Estrela da Amadora e Gil Vicente, os oponentes mais próximos.

«O que nos vai resolver é a capacidade de trabalho que temos todos os dias para inverter esta situação. Corrigir erros, que têm sido recorrentes no início das segundas-partes e qualquer situação dá golo. Nós não somos massacrados em nenhum jogo, o Velho não faz nem um terço das defesas que fazia no ano passado», vincou o treinador do Farense no final do empate (2-2) com os estorilistas.

Tozé Marreco tem razão quando apontou o erro «recorrente» que tem penalizado os algarvios: os golos sofridos após o intervalo. Consigo no comando desde a 7.ª jornada, depois de seis derrotas consecutivas com José Mota, os leões de Faro sofreram 23 golos na Liga, em que 10 aconteceram após o descanso, entre os 45 e os 60 minutos. E a maioria em casa.

Assim foi com o Benfica (1-2) quando Pavlidis fez o segundo golo dos encarnados aos 54 minutos, com o Gil Vicente (0-1) num autogolo de Lucas Áfrico (47’), no empate (2-2) com o Vitória de Guimarães, com Gustavo Silva a fazer o 1-1 aos 49’ e nos desaires com o Rio Ave (1-2), com Calyton Silva (59’) a marcar o segundo golo dos visitantes, com o Nacional (0-2), num bis de José Gomes (48’ e 58’) e com o FC Porto (0-1), com Francisco Moura a marcar aos 48 minutos.

Fora de portas, esses descuidos aconteceram nas duas últimas deslocações, com resultado idêntico, 2-2. Em Arouca Trezza empatou (56’) depois de Polini ter dado vantagem aos algarvios na primeira-parte e agora no Estoril, Zanocelo (50’) e Marqués (54’) deram uma vantagem de dois golos aos canarinhos, mas ainda houve tempo para a anular.