Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), campeão olímpico de fundo e contrarrelógio, deverá regressar à competição em meados de abril de 2025, depois de ter sofrido um grave acidente no início de dezembro, disse este sábado o ciclista belga.

Em entrevista ao jornal diário belga 'La Dernière Heure', Evenepoel reconheceu que o seu plano inicial passava por disputar as clássicas de Ardèche e de Drôme, em 01 e 02 de março.

"Mas foi tudo por água abaixo, se eu puder regressar aos treinos [em estrada] em 04 ou 05 de fevereiro, não terei mais do que três semanas nas pernas para essas corridas", reconheceu.

Por isso, o campeão do mundo de 2022 adiou o seu objetivo: "Hoje, não tenho outra ideia em mente que não seja estar à partida da Flèche Brabançonne [em 18 de abril] e disputar as outras três clássicas das Ardenas [a Amstel Gold Race, em 20, a Flèche Wallonne, em 23, e a Liège-Bastogne-Liège, em 27], com a possibilidade de as vencer".

Apesar de reconhecer ser "apertado" para disputar a Volta a Itália, entre 10 de maio e 01 de junho, o belga não descartou esta possibilidade, admitindo, contudo, que o seu principal objetivo da temporada vai ser o Tour.

Evenepoel ainda está imobilizado, aguardando o resultado de novo exame radiológico, agendado para 9 de janeiro, para saber se pode retomar o treino em bicicleta.

Em 3 de dezembro, Remco Evenepoel embateu contra a porta de um veículo dos correios, depois de a carteira a ter aberto abruptamente, ficando com fraturas numa costela, omoplata e mão direitas, contusões nos pulmões e "uma deslocação da clavícula direita, que rasgou os ligamentos envolventes".

"Estou a melhorar, mas lentamente. Sinto pouco progresso a cada dia. Em termos de exercícios, não posso fazer nada, a não ser uma pequena manipulação do ombro, para que não fique muito rígido", lamentou.

Um dos grandes nomes do ciclismo mundial da atualidade, Evenepoel, de 24 anos, já tinha sofrido uma queda na Volta ao País Basco, na qual fraturou a clavícula e omoplata direitas, mas voltou à estrada a tempo de subir ao pódio na estreia na Volta a França - foi terceiro -, conquistar dois ouros olímpicos e ainda o título mundial de contrarrelógio.

O vencedor da Vuelta2022 vai falhar a defesa dos títulos conquistados em 2024 na Clássica da Figueira e na Volta ao Algarve, neste caso pela terceira vez.