A 1ª volta do campeonato está prestes a acabar - apesar de ter visto um dos jogos adiado - e é na Amadora que se joga um dos seus últimos duelos, com o Estrela da Amadora a receber o «vizinho» Estoril Praia, num duelo onde ambos precisam de pontos para começar o ano da melhor forma.
Separados por apenas um ponto, estes dois conjuntos tiveram um arranque de época bastante irregular e chegam a este novo ano civil claramente na luta pela fuga à zona de despromoção - de tal modo que estão pouco acima da mesma. Por isso, pontos entre «rivais» diretos valem, cada vez mais, a «dobrar.»
Do lado do Estrela, que joga com o fator casa - que se tem feito sentir na sua época, onde faz mais pontos, com alguma vantagem -, o treinador José Faria conseguiu alguma estabilidade no mês de dezembro, com duas vitórias e um empate em quatro jogos - única derrota foi com o FC Porto, por 2-0. Por isso, deve apostar na estabilidade das suas escolhas, embora saiba que estará privado do argentino Alan Ruíz, castigado devido a acumulação de amarelos na prova. Parece uma boa oportunidade para um nome como Jovane Cabral se mostrar, por fim.
«Nos próximos seis meses o nosso objetivo é chegar ao ponto em que as pessoas não falam de Estoril e de manutenção, queremos separar essas duas coisas. Não vamos conseguir isso hoje ou amanhã, já falámos várias vezes que queremos criar um estilo diferente e vai ser preciso tempo. As pessoas vão ficar um bocadinho fartas de ouvir essas palavras saírem da minha boca mas é a verdade, é a nossa realidade e eu vou continuar a dizê-lo», apontou Cathro, na antevisão da partida.
Do outro lado, por sua vez, temos um Estoril Praia que tem sido um dos reis dos empates nesta edição da prova e que tem procurado a sua melhor versão sob o comando do escocês Ian Cathro. Os canarinhos não vencem há quatro jogos e querem quebrar o enguiço, mas a verdade é que também não sabem ainda o que é vencer fora de portas em 2024/25.
Para este jogo, o criativo argelino Rafik Guitane, que regressou de empréstimo ao SC Braga, já deve ser opção, mas dificilmente saltará diretamente para a titularidade, com pouco tempo de trabalho com a equipa. Por isso, não se esperam grandes mudanças face ao jogo com o Moreirense (2-2), embora Xeka seja uma opção interessante para fortalecer o meio campo, num reduto mais fechado no miolo, por norma.
«Não estamos onde queremos estar, sabemos o caminho que temos feito até aqui chegar, o quanto difícil tem sido e o quanto difícil continuará a ser. Nesse sentido, é um jogo de importância máxima para nós. Queremos dar seguimento aos bons resultados frente a um adversário direto, começando bem o ano a ganhar», anteviu José Faria.