O empresário croata, Andy Bara, que, entre outros, representa Dani Olmo, é figura central e a mente do esquema que fez desaparecer Cardoso Varela do mapa do futebol português, numa tentativa até agora frustrada de levar o jogador menor de idade para o futebol croata. Essa é a conclusão a que chega a investigação da ‘Kicker’, publicada esta segunda-feira e com muitos detalhes relativos ao processo do rapto do jovem talento luso.

Conforme Record tinha avançado, o FC Porto apresentará queixa na FIFA contra o referido agente, com o objetivo de lhe tirar a licença de empresário e impedir que seja protagonista de novos casos como este em que envolve Cardoso Varela. E agora os dragões até têm mais dados de acusação contra o agente croata.

Nesta história obscura, há uma nova personagem a emergir, de seu nome Branimir Majdak. A verdade é que não se sabe muito sobre este homem, apenas que ele continua a aparecer em fotografias com Andy Bara, sendo que numa delas também surge Dani Olmo, no Euro’2024, espanhol que ajudou a La Roja a conquistar o troféu e que passou por um esquema idêntico ao de Cardoso Varela numa fase precoce da carreira.

Majdak é agora presidente do NK Kustosija, da 3.ª divisão croata, mas apenas desde setembro de 2024, altura em que Cardoso Varela já tinha sido dado como desaparecido e em que o FC Porto, liderado por André Villas-Boas, já lutava de forma assumida na defesa do jogador que formou. Mas tudo indica que, antes disso, trabalhava para a agência de representação de jogadores liderada por Andy Bara.

Segundo revela a 'Kicker' e de acordo com o registo comercial croata, Majdak é o único proprietário da ‘Majdakgrafika’, uma empresa fabricante de papel e cartão fundada em 2013 e com sede em Odra, nos subúrbios de Zagreb. E é precisamente aí que trabalha o alegado pai de Cardoso Varela, o que sugere o envolvimento de Majdak, o tal que surge em várias fotografias com Andy Bara e jovens talentos do futebol, no esquema que o FC Porto tem vindo a denunciar.

Uma ligação vista com desconfiança, sobretudo tendo em conta que a FIFA permite uma mudança internacional se "os pais do jogador se mudarem para o país onde o novo clube está localizado".