Seis pontos separavam Nottingham Forest do Liverpool à entrada para o grande duelo da jornada 21 da Premier League. E seis pontos continuam a separá-los após o empate no City Ground. E só Diogo Jota, que marcou na primeira vez que tocou na bola evitou a vitória do surpreendente candidato ao título. E assim Nuno Espírito Santo dorme no segundo lugar.
O jogo foi o que se previa: a equipa de Arne Slot a defender a liderança com mais bola, com mais ataques e sobretudo a ter capacidade de criar mais perigo. Mesmo assim, o Nottingham Forest parece estar sempre confortável nos momentos em que está a ser dominado e foi mostrando a razão pela qual vinha de uma série de cinco jogos sem sofrer qualquer golo: um muro à frente do guarda-redes Sels.
O Liverpool fez alinhar a equipa habitual, com um ataque temível: Luis Díaz era o homem mais avançado, mas nas suas costas tinha um trio de luxo, composto por Salah, Szoboszlai e Gakpo. E nos primeiros minutos foi empurrando a equipa da casa para junto da sua área adivinhava-se o golo...
Mas é bem certa a velha frase de que o futebol é eficácia e na primeira vez que foi à baliza do Liverpool a equipa de Nuno Espírito Santo marcou mesmo, com Chris Wood a rematar forte e cruzado de pé esquerdo e a inaugurar o marcador.
Surpresa no City Ground, com os adeptos a vibrarem com mais uma exibição de qualidade do mais inesperado candidato ao título na Premier League.
Depois do golo, o jogo acalmou um pouco, o Liverpool precisou de tempo para se recompor e nem a forte pressão no final da primeira parte deu muito trabalho a Sels, que certamente esperaria ser obrigado a intervir mais vezes.
Para o início da segunda parte, nada de novo. O Liverpool à procura do golo e o Nottingham Forest a ser muito competente em missão defensiva. O líder precisava claramente do poder de fogo de Diogo Jota, que foi para o aquecimento ao minuto 52.
Seguiram-se minutos em que o único lance que poderia ter dado golo foi de Salah e aos 65 minutos Arne Slot lançou finalmente Diogo Jota, que na primeira vez que tocou na bola marcou de cabeça o golo do empate. O jogo precisava do internacional português.
Era a injeção de confiança que o Liverpool precisava e foi novamente Diogo Jota a estar perto do golo, com remate com o pé esquerdo que só não entrou porque Sels fez uma grande defesa.
O duelo de dois homens passou a ser constante no jogo. Diogo Jota rematou por duas vezes com muito perigo, mas Sels ganhou o direito a ser figura do jogo com uma mão cheia de grandes defesas, evitando o segundo do português, mas também duas vezes a Salah e uma a Gakpo.
Nuno Espírito Santo foi o treinador do mês e começa a candidatar-se a ser o melhor da época com a caminhada do Nottingham Forest, que sem ser uma equipa muito ofensiva, defende como poucas e voltou a mostrar grande eficácia em zonas de finalização. O empate fica-lhe tão bem…