O SC Braga deslocou-se a terras nórdicas para empatar frente ao Elfsborg (1-1), num duelo a contar para a quarta jornada da Europa League. No meio de um intenso nevoeiro, os Guerreiros do Minho acabaram por ser felizes numa primeira instância, mas a alegria desvaneceu nos últimos minutos.

De forma surpreendente, Carlos Carvalhal apostou num esquema com três centrais, com João Ferreira, Paulo Oliveira e Bright Arrey-Mbi a serem os elementos mais recuados. Roger Fernandes e Gabri Martínez ficaram responsáveis por percorrer os corredores, dando apoio a Ricardo Horta e Ismaël Gharby, os extremos de serviço. Roberto Fernández foi o escolhido para visar a baliza contrária numa posição frontal. Contudo, a opção mais surpreendente passou pela inserção de Lukas Hornicek, em detrimento de Matheus Magalhães.

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O emblema de Borås também entrou entrou em campo num 3x4x3, mas a estratégia mostrou-se pouco funcional nos minutos inaugurais. Os arsenalistas entraram a todo o gás na partida, procurando chegar rapidamente ao tento inaugural. Roberto Fernández teve muito perto de molhar a sopa, logo aos 3', após um belíssimo trabalho individual. O ponta de lança espanhol rematou numa posição vantajosa, mas o esférico teimou em não entrar, com a defensiva sueca a cortar o esférico em cima da linha.

A pressão acrescida da turma lusa estava a dar os resultados pretendidos, com a simplicidade de processos a criar um enorme (e notório) desconforto ao adversário. Todavia, com o decorrer do tempo, o conjunto da casa começou a desprender-se das amarras defensivas, subindo, gradualmente, as suas linhas. Timothy Ouma assumiu a batuta no miolo, demonstrando um grande critério nas suas ações, apesar da sua tenra idade. Posto isto, o equilíbrio prevaleceu até ao apito para o descanso, bem como uma clara diminuição do ritmo. As duas formações colocaram em prática uma abordagem passiva, sem grandes riscos.

Comemorar para depois escorregar

O forte nevoeiro sentido na primeira metade permaneceu na segunda, sugando a inspiração dos intervenientes no último terço. As aproximações da turma bracarense foram constantes, mas os remates enquadrados foram bastante escassos. Bruma, que entrou aos 61', tentou agitar os ânimos, através da sua grande capacidade de aceleração. Contudo, a euforia dos comandados de Carvalhal surgiu quando menos se esperava.

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Aos 67', Roger Fernandes, na sequência de um livre lateral, mostrou a clarividência necessária para servir Ricardo Horta. O camisola '21', de primeira, não se fez rogado, desferindo uma remate violento, na entrada da área. A trajetória do esférico sofreu um ligeiro desvio em Ouma, que traiu Isak Pettersson. Um clarão fortuito, mas importante.

Porém, quando tudo faria crer que os minhotos iam levar os três pontos para terras lusitanas, Gottfrid Rapp, com um delicioso pormenor, ultrapassou Gabri Martínez, que ficou muito mal na fotografia. O jovem defesa, posteriormente, encontrou Emil Holten, que encostou a bola, com frieza, para o fundo das redes. O conjunto nórdico foi mesmo atrás do triunfo, mas Hornicek, com uma intervenção decisiva, impediu males maiores para a sua equipa.