A derrota da equipa do Elvas na receção ao Lus. Évora, por 4-1, terminou com uma enorme confusão no balneário e um jogador no hospital, apurou o nosso jornal. Depois do apito final, o presidente da SAD, Vincenzo Caci, foi falar aos jogadores, com um discurso muito duro para o plantel, acusando-os de serem uma verdadeira "vergonha" e ameaçando que iria fazer uma limpeza no balneário para a próxima temporada. Durante um longo período acusou-os de serem ingratos e, depois dirigiu-se individualmente a alguns elementos do clube alentejano.

Rúben Cardoso foi um dos visados, por estar a pedir muito dinheiro para renovar e, depois, apontou aos capitães, novamente, com acusações que não caíram bem no grupo. Mamadu Djaló, um dos capitães, insurgiu-se com o que estava a ouvir e pediu para que parasse com aquela postura, que não queria que falasse daquela forma com o grupo e que estava disponível para rescindir já o contrato, uma vez que não tinha interesse em jogar mais esta época. Uma posição que levou Caci a reagir e a querer partir para a violência. 

O presidente do emblema alentejano acabou por ser agarrado por outros jogadores e, com aquela confusão, o segurança do líder do Elvas acabou por entrar no balneário e agrediu o médio David Freire, que acabou por cair no chão, o que motivou uma revolta dos jogadores com várias agressões ao segurança. Logo no local, várias pessoas foram identificadas e, segundo foi possível apurar, o segurança responsável pela agressão já se terá despedido.

De referir que o referido segurança já teria agredido Bizarro, treinador do Moncarapachense, na temporada transata, o que foi noticiado na altura. E, além disso, o discurso violento do presidente, com várias tentativas de coação, não foi novidade para o plantel que, em vários momentos, já tinham ouvido várias agressões verbais.