O Conselho de Estado chinês divulgou esta quarta-feira, através da agência noticiosa Xinhua, o Livro Branco sobre as Ações e Posições da China na Prevenção e Controlo da COVID-19 e Rastreamento da Origem do Vírus, no qual sublinhou a possibilidade de o mesmo ter chegado a Wuhan a partir do exterior, via cadeias de frio de produtos alimentares.

Segundo o relatório partilhado, o país acredita que o novo coronavírus teve origem nos Estados Unidos, recusando a tese da administração de Donald Trump, de que a Covid-19 terá saído de um laboratório chinês.

A China lembrou que partilhou dados importantes com a Organização Mundial de Saúde e que o relatório datado de 2021 concluiu que a teoria de que o SARS-CoV-2 teve início num incidente de laboratório local é «extremamente improvável», acusando o Governo norte-americano de politizar a questão e fazer de Pequim bode expiatório.

«Evidências substanciais sugerem que a Covid-19 pode ter surgido nos Estados Unidos antes do cronograma oficialmente declarado, e antes do surto na China», indica o relatório, com referências aos relatos de doenças respiratórias nos EUA entre maio e outubro de 2019 então associados pelos responsáveis de saúde norte-americanos a cigarros eletrónicos.

«Deve ser conduzida uma investigação aprofundada sobre as origens do vírus nos Estados Unidos», aponta o documento, que pede «uma resposta responsável».