O P. Ferreira vai a Portimão, pelas 14 horas desta sexta-feira, com uma única missão: trazer pontos e fugir da luta pela permanência, cada vez mais disputada. Os castores estão empatados pontualmente com o próximo adversário e Carlos Fangueiro quer utilizar as propriedades e "exigência" dos seus métodos de trabalho para ultrapassar os algarvios.

Que mensagem transmitiu aos jogadores após o último jogo?

"A nossa mensagem é passar para os jogadores que não podemos só jogar 45 minutos, como fizemos com o Tondela. Fomos avassaladores contra o Tondela e eu já tinha tido essa noção durante o jogo. Tive essa constatação após a análise de jogo. Foi um trabalho ofensivo verdadeiramente forte, ma isso não dá pontos. Daria pontos ter essa raça e agressividade durante os 90 minutos e compensação. Temos alguns jogadores impossibilitados por castigos, mas quem for a jogo tem de dar tudo em campo como eu dou a minha vida por este clube. Um ambiente familiar e de união de grupo perante uma única missão."

Sabe como o Portimoennse vai jogar?

"Nós tínhamos as linhas mais curtas na 1.ª parte, para dar uma primeira fase de construção, mas estávamos compactos e não encontravam espaços entrelinhas. Apesar de terem mais posse de bola não entraram tanto no nosso último terço. Com o pedido de subir mais linhas, permitiu-nos ganhar mais duelos, tivemos ocasiões para ferir o Tondela, mas também um guarda-redes que impossibilitou o golo, foi o melhor em campo. O Portimonense não está no lugar que merece, perspetivo que construa a três, com uma linha de dois à frente, à partida é isso que vai acontecer, definimos uma estratégia que irá impossibilitar o trabalho do Portimonense. Estive a falar no treino, no final deste aliás, junto dos meus atletas e disse-lhes que tenho dificuldade em encontrar um adversário que foi melhor do que nós. Mesmo o Vizela, que está num momento incrível, teve mais bola mas acabámos por ser mais perigosos. Acho que, com o Torreense, devíamos ter feito um ou dois golos. Não houve um adversário que foi mais forte que nós. Quero pressão sobre mim, libertar isso para os jogadores, é nesse espírito que vamos tentar vencer o jogo."

Que ilações tirou dos últimos encontros?

"Trabalhámos imenso no jogo com o FC Porto B, mas ficámos rapidamente impossibilitados de mais. E tivemos uma massa associativa incrível. Fomos condicionados. Com o Tondela, ficou à vista de toda a gente. Na 2.ª parte crescemos e fomos muito fortes, só me lembro do golo, que decidiu o jogo. Foram dois jogos distintos e as estatísticas valem o que valem. Como treinador ficaria preocupado se não encontrasse esses dados positivos do nosso lado. Relativamente ao balneário, mesmo frente ao Tondela estávamos de rastos, ficamos devastados por perder. Mas toda a estrutura está munida de empenho para recuperar estes jogadores e conseguimos. Após o segundo treino já estava tudo normalizado e com foco na próxima vitória. O que perspetivo para os próximos jogos? Trabalho, dedicação e exigência, para entrarmos em campo determinados e tentarmos, no tempo inteiro, dar alegrias aos adeptos, que merecem muito mais sorrir do que sofrer como têm sofrido", terminou.