O Paços de Ferreira defronta este sábado o Marítimo (15h30), na esperança de dar continuidade ao triunfo em casa, diante do Mafra, na estreia de Carlos Fangueiro no comando técnico. O treinador dos castores está confiante, mas antecipa dificuldades.

"O Marítimo é uma equipa extremamente difícil a jogar em casa. Sabemos também que, se as coisas não correrem bem nos primeiros 15 ou 20 minutos, haverá uma pressão extra sobre eles. Vamos tentar aproveitar isso, como é óbvio, porque o detalhe faz efetivamente a diferença. Agora, é uma equipa cheia de valor individual, muito bem organizada, que, aqui e ali, não tem tido a sorte necessária. Tinha aspirações à subida de divisão, e prevejo um excelente jogo em perspetiva, sem dúvida alguma."

Características do Marítimo: "É uma equipa que gosta de ter bola. Na primeira fase de construção, não bate longo; tenta sempre sair a jogar. Tendo isso em conta, vamos pressionar de forma a evitar essa saída inicial. Na segunda fase de construção, apresentam uma variabilidade muito grande: ora constroem a quatro, ora a três defesas, e essas dinâmicas são diferentes. Estamos, na minha ótica, precavidos para isso. É uma equipa que tem pontas-de-lança que tanto jogam em apoio como atacam a profundidade, especialmente o Martim [Tavares], que já marcou alguns golos e é forte nesse aspeto. Estudámos muito bem o Marítimo, assim como acredito que eles também nos estudaram. A informação recolhida baseia-se sobretudo no último jogo, o primeiro sob o comando do Ivo [Vieira]. Portanto, espero um bom jogo em perspetiva, com duas boas equipas que querem ganhar."

Pressão alta sobre o adversário: "Estamos a tentar implementar um ADN muito próprio. Não é algo novo no Paços; é uma característica que já levo de todos os anos da minha carreira enquanto treinador. Claro que temos em conta o que o adversário pode oferecer e aquilo que nós podemos explorar. Não posso entrar em detalhes, mas é evidente que ajustamos a nossa estratégia conforme necessário.

Trabalhar sobre vitórias: "É fundamental e fantástico trabalhar sobre vitórias. Na semana passada, tive o cuidado de dizer que o nosso maior foco era dar confiança aos jogadores, vê-los sorrir no que faziam, e que tivessem prazer naquilo que estavam a fazer. Sabíamos que estavam um pouco afetados pelo momento que viviam. Logicamente, com uma vitória, reforçamos esta ideia: ter prazer no trabalho, sorrir e trabalhar ainda com mais vontade. Sabemos que, se estivermos bem emocionalmente, as coisas fluem com mais facilidade. Nesse aspeto, estou felicíssimo por ter entrado e conseguido uma vitória extremamente importante. Ver os jogadores respeitarem o que foi trabalhado durante a semana enche-me de energia."

Opções do plantel e reforços: Relativamente ao Afonso [Rodrigues], é verdade que este grupo não é numeroso, mas tem qualidade. Não vamos esconder isso. O Afonso veio para acrescentar; é mais uma opção que temos, um jogador que conhece bem a casa e que tem extrema qualidade. Como já referi na semana passada, se chegar alguém que traga qualidade e venha acrescentar, ótimo. Se não houver essa possibilidade, trabalhamos com aqueles em quem tenho extrema confiança e que me dão garantias para fazer um bom campeonato, tentando subir na tabela."