Carlos Carvalhal abstrai-se por completo da possibilidade de o Sp. Braga, em caso de vitória, igualar o FC Porto no 3.º lugar da Liga Betclic. O técnico dos arsenalistas quer "foco total" no Gil Vicente e em tentar garantir o quinto triunfo seguido na competição.

Sp. Braga recebe amanhã o conjunto de Barcelos a partir das 18H00.

Receção ao Gil Vicente, que vem de duas derrotas seguidas, e o Sp. Braga pode igualar o 3º lugar…

O menos importante é o segundo fator [poder chegar ao terceiro lugar]. Sabemos das dificuldades do adversário, que já venceu o FC Porto, empatou com o Sporting e connosco. Acho que preparámos bem o jogo, sabemos das dificuldades. O Gil tem uma equipa boa, bem organizada, bom treinador, tem dois ou três jogadores que merecem especial atenção. O foco está apenas no jogo e na nossa capacidade, no grau de confiança que temos nesta altura e vamos à luta pelos três pontos.

Insisto: o terceiro lugar passa a ser um objetivo real…  

Vão perder tempo… O grande objetivo é vencer o jogo de amanhã e fazer deste o jogo das nossas vidas. Não nos vamos desviar com nada. O foco é o Gil Vicente e nada mais.

Respira-se outro ar no plantel depois deste último mercado?

Se me perguntar se depois de janeiro – e eu não comecei a época – sinto que a equipa está mais próxima daquilo que quero, sim. Está mais próxima do nível que quero, mais perto do que estamos habituados a treinar. Temos um padrão, nem tudo é perfeito, mas a equipa está a evoluir.

Esperava ter recebido mais um ou outro jogador?

Não adianta fazer qualquer tipo de comentário, nunca arranjei desculpas, lido com entradas, saídas e lesões. Concentro-me no que é mais importante, esta é a minha equipa, os meus jogadores e vou trabalhar com estes e extrair o melhor deles.

Mais adeptos no estádio por ser às 18H00?

Acredito em mais adeptos, mais apoio e que nos ajudem a vencer. Sou da cidade, tenho o pulsar do que se vai passando.

Com este plantel, o Sp. Braga podia ter outros objetivos?

Não posso dizê-lo, pois não seria honesto intelectualmente. Não posso dizer que podia ser diferente. É sempre difícil estabelecer paralelismos. Sem começar a época, em janeiro o treinador que chegou procura colocar o plantel à sua imagem. As mãos de um líder veem-se nos momentos e nos grupos mais difíceis. Felizmente nunca tive problema absolutamente nenhum. Nunca tive problemas em tomar decisões, noutros clubes e até com jogadores de classe mundial que até vendiam 40 mil camisolas. Nunca tive problemas.

Niakaté está pronto?

Não. Vitor Carvalho, Niakaté e Zalazar continuam indisponíveis para o jogo.

Mudanças operadas no plantel e alguma ‘limpeza’ foi a tentar trazer mais competitividade?

Não houve ‘limpeza’ nenhuma e os jogadores saíram por diferentes motivos. O Sp. Braga tentou potenciar a equipa, os seus ativos, jovens jogadores. Está a olhar para o presente e a projetar o futuro. Foi isto que foi feito e, uma ou outra saída, deu-se a circunstâncias de mercado. Nada tenho a dizer contra um só jogador e agradeço o contributo de todos.  

Zalazar pode ser opção se não for transferido?

Neste momento, cinjo-me às dinâmicas internas do clube. A informação que tenho é que está lesionado. Tudo o que diz respeito a negociações nada tem a ver comigo. Se ficar, é um jogador muito bem-vindo.