
NOTAS DO BENFICA (DE 0 a 10)
PAVLIDIS, 8 - atraiçoado por um poste
Se um dos pilares leoninos foi indiscutivelmente Diomande, isso só serve para acentuar a excelência da atuação do grego. Claro que a jogada maravilhosa que resultou no golo a meias entre Akturkoglu e Maxi constituiu o ponto alto do ponta-de-lança mas todo o trabalho de envolvimento protagonizado na ligação com os médios merece um sublinhado.
Merecia ter marcado naquele lance (75’) em que Belotti fez tudo bem mas o poste esquerdo de Rui Silva revelou-se do signo... leão.
ANTÓNIO SILVA, 6 - insígnias de General
Talvez fosse o jogador anfitrião que maior desconfiança levantava no que diz respeito à eficácia no confronto com o “monstro” Gyokeres. O central português, apesar de também ele ter sido impotente na jogada que foi concretizada por Trincão, cumpriu quase na íntegra e em vários momentos conseguiu inclusive revelar-se acima do General Otamendi.
À passagem da meia hora evitou (com sublime corte de cabeça) que a bola chegasse direitinha à cabeça do insaciável Gyokeres.
DÍ MARIA, 3 - teimoso e abandonado
Para muitos, era o jogo perfeito para Angelito se despedir da Luz e confirmar que é um ídolo talhado para (as)grandes finais. É muito provável que a condição física tenha atraiçoado o argentino, que ainda por cima insistiu em demasia nas infiltrações para o corredor central. Essa insistência forçou Aursnes a compensar muitas vezes na linha, à frente de Tomás Araújo.
Ainda assim, a saída de Fideo ao intervalo foi uma desistência prematura por parte de Lage. E a grande ocasião encarnada na primeira parte (28’) esteve no pé esquerdo do campeão mundial.
NOTAS DO SPORTING (DE 0 a 10)
DIOMANDE, 8 - a serenidade central
Já na parte final do jogo (aos 90+1’) viu cartão amarelo e isso acabou por ser o único ponto comum com exibições recentes. Ousmane foi exemplar na liderança da defesa e na serenidade que emprestou a um bloco que até começou com Quaresma (que notável performance do jovem Eduardo!) mais encostado à linha, quase como falso lateral. Pavlidis ofereceu uma luta espetacular mas o carisma do marfinense pode ter oferecido ao Sporting um ponto precioso. Rui Borges bem apreciou o descanso que o marfinense teve antes da Luz.
HJULMAND, 7 - Morten e esfola-se apesar do amarelo
É verdade que Trincão marcou num remate só ao alcance daqueles que têm qualquer coisa de mágico no pé esquerdo, é verdade que Gyokeres desenvolveu a jogada que resultou nesse golo mas o empate do Sporting explica-se muito pela liderança dos verdadeiros capitães. Na linha de Diomande, Morten foi uma fortaleza ambulante, denunciando uma estabilidade emocional que nem o amarelo aos 18’ fez estremecer. E tão pouco a precipitada substituição de Debast por Morita logo aos 57’…
DEBAST, 3 - e à esquerda, o Pote meio vazio
No que diz respeito à mera produção do belga, a troca por Morita não poderia suscitar críticas. O problema foi que a substituição ocorreu muito cedo (57’), Hjulmand estava amarelado desde a primeira parte e no banco Rui Borges não tinha outras soluções para prevenir a expulsão do dinamarquês. Nem sequer nos lances de bola parada se viu a arte e a perícia deDebast, que até parece ter estanhado o facto de ter jogado sobre a esquerda de Hjulmand. As combinações com um Pote mais lento foram deficientes.