A missão era tremendamente complicada e pior ficou quando o PSG ganhou dois golos de vantagem, com golos de Hakimi e Nuno Mendes. Porém, a alma deste Aston Villa é tremenda e a equipa de Birmingham ainda fez tremer a equipa de Paris ao chegar à reviravolta. Aí Donnarumma foi um gigante, teve uma mão cheia de defesas quase impossíveis e foi ele quem levou o gigante às meias-finais.

O PSG levou de Paris vantagem de 3-1, o que obrigou o Aston Villa a arriscar, a subir linhas e procurar marcar cedo. Bastaram dois minutos para  Amadou Onana permitir com remate de cabeça uma grande defesa a Donnarumma.

 Aos poucos o PSG foi conseguindo ter mais bola e aos 11 minutos o que estava decidido, mais decidido ficou: Barcola subiu pela esquerda, procura servir Dembelé e após Emiliano Martínez desviar para a frente, surge Hakimi pelo centro do terreno a colocar a bola no ângulo. 

Golpe profundo na confiança do Aston Villa, que demorou um pouco a voltar ao jogo, mas não perdeu a alma e aos 19’ um mau atraso de cabeça de Vitinha permitiu a Pau Torres rematar com muito perigo.

O PSG a procurar pôr gelo no jogo, o Aston Villa em busca do golo e Morgan Rogers até rematou com algum perigo aos 24 minutos. Três golos de vantagem era uma montanha gigante para escalar, mas a equipa de Birmingham lutava.

E pior ficou quando Nuno Mendes voltou a marcar (já tinha assinado o terceiro no primeiro jogo) num lance em que o Aston Villa até conseguiu levar o perigo à área de Donnarumma, mas não evitou contra-ataque letal finalizado pelo lateral português.

A garra do Aston Villa teve como prémio o golo, aos 34 minutos. O remate é de Tielemans, mas é o desvio em Pacho que faz a bola entrar na baliza de Donarumma. Se a passagem à meia-final era muito complicada, a equipa da casa queria pelo menos lutar pela vitória no jogo. 

No segundo tempo, Donnarumma evitou golo de Rashford; Dembélé respondeu com um vistoso chapéu, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Até que McGinn teve lance de génio. É verdade que a bola tabela em Pacho, mas entra no ângulo. Uma obra de arte.

 Rashford, esse, queria deixar a sua marca, mas Donnarumma negou-lhe o golo com uma defesa estrondosa. Depois outra e mais outra. Mas não conseguiu evitar o tento de Konsa, que rematrou cruzado e fez tremer o PSG.

Donnarumma fez mais três defesas de grande nível. O Aston Villa não se entregava. Do banco o treinador Unai Emery deva o sinal de que era preciso acreditar e lançou Asensio e Ramsey

Um nome a tornar-se incontornável. Pouco depois de ser lançado, Asensio conseguiu isolar-se e só não marca porque Donnarumma estava num daqueles dias incríveis. Mesmo assim, o Villa encontrava espaço, provocava dano na defesa do PSG

O jogo não podia acabar de outra forma. Como toda a segunda parte, o Aston Villa subiu com perigo, o remate parecia destinado a entrar, mas Pacho surgiu no caminho da bola e evitou o golo que levava o jogo para prolongamento.

Donnarumma foi gigante e o Aston Villa foi enorme. Segue-se Arsenal ou Real Madrid para a equipa francesa.