Desde a abertura do “casting” para o All-Star Game de 2025, passaram-se três semanas e, com elas, duas atualizações dos resultados. A dez dias do encerramento da votação do público, as equipas começam a ganhar forma e as estrelas começam a preparar-se para marcar uma viagem para 15 e 16 de fevereiro (seja rumo a San Francisco, para participar no jogo, ou para um outro destino, este apenas para descansar com a família).
Quanto a novidades para 2025, além da implementação de um novo modelo para o evento, o All-Star Game tem à vista novas caras, prontas a premiar os adeptos com um grande espetáculo de basquetebol (quer dizer, esperamos nós). Sendo assim, passo a destacar cinco estrelas que sobressaem no top10 de votações das suas posições, seja por serem estreantes ou pelo salto que derem em comparação com a época passada.
LaMelo Ball (29.9ppg, 5.4rpg, 7.3apg)
Não se tratará de uma estreia, mas, por esta altura, nada mais é que um regresso certo. LaMelo Ball lidera entre todos os bases do East, um ano depois de praticamente não ter entrado no top-10.
Melo está a ter um ano como nunca antes viu. Volta a comandar o ataque dos Hornets, mas desta vez numa escala bastante superior, a marcar praticamente 30 pontos por duelo. Enquanto isso, continua com a sua essência de entreter o público que assiste à equipa da Carolina do Norte (ou pelo menos surpreender).
Karl-Anthony Towns (25.3ppg, 14rpg, 3.3apg)
Novo ano, nova equipa, vida nova. Tudo mudou para Karl-Anthony Towns desde outubro do ano passado. Viu-se obrigado a sair da sua casa de quase dez anos, para rumar a uma nova conferência. Não sabíamos o que esperar de KAT num novo ambiente, mas a verdade é que as luzes do mítico Madison Square Garden favoreceram em muito o jogo do poste norte-americano.
Quanto ao seu regresso ao palco do All-Star, vale destacar que, por esta altura no ano passado, KAT tinha menos 1.631 milhões de votos. A sua terceira posição na frontcourt do East garantirá a Towns um lugar em San Francisco.
Karl-Anthony Towns lidera os NY Knicks, com a sua segunda melhor marca de pontos da carreira. Mais concretamente, fá-lo com excelentes percentagens (55.2% de lançamentos de campo e 45% de triplos, ambos recordes pessoais). O seu poderio físico e a sua técnica aliaram-se à dinâmica ofensiva dos craques de Nova Iorque para chegar à terceira posição do East, apenas superada pelas excelentes temporadas dos Celtics e dos Cavaliers.
Victor Wembanyama (25.1ppg, 10.8rpg, 3.8apg)
Por este todos esperavam. O astro francês subiu quatro posições em relação ao ano passado nas votações do público e prepara-se para a sua primeira participação no All-Star Game. Se alguns ficaram desiludidos por tal não ter acontecido no seu ano de rookie, ninguém ficará frustrado com a seleção do poste dos Spurs.
Os números não mentem. Na época passado, aquando da paragem para os eventos do All-Star, os Spurs tinham 11 vitórias em 55 jogos. Hoje, em apenas 37 partidas, a turma do Texas conta já com 18 triunfos. Do ponto de vista individual, Wemby apresenta melhorias em quase todos os principais dados estatísticos, com destaque para os 25.1 pontos de média, a par dos 3.9 blocos por jogo (mais 1.4 que o segundo).
Ora, com potencial para ser a futura cara da NBA, a história conta-nos que uma estreia no All-Star Game na segunda época é comum entre as superestrelas da liga. Como tal, ainda mais espectável se torna esperar por Victor Wembanyama em ação no palco de sonhos.
Evan Mobley (18.9ppg, 8.7rpg, 3apg)
Bem, a frontcourt do East confronta-nos com algumas decisões complicados. Poderia, por exemplo, ter destacado Franz Wagner (que até está à frente de Mobley nas votações), mas, analisando o cômputo geral, a entrada de Evan Mobley parece-me mais realista. Digo-o por duas razões: primeiro, porque o inegável sucesso da equipa terá peso nas votações dos jogadores e dos média (para além, claro, do público); segundo, pois o único poste com mais votos que o atleta do Cavs é Karl-Anthony Towns e, como tal, Mobley seria o segundo da fila para ocupar a posição.
Evan Mobley vai cumprindo uma época bastante surpreendente com os Cleveland Cavaliers. Com apenas quatro derrotas em 36 jogos, os Cavs estão a superar as expectativas, até do mais otimista dos adeptos. Ora, muito desse sucesso vem do contributo do seu center, que, em 2024/25, consolidou o seu jogo ofensivo e juntou-o ao já influente poderio defensivo. Nesta época, Mobley marca mais 3.2 pontos, com mais e melhores lançamentos de três (40.4% deles certeiros). Além disso, a terceira escolha do draft de 2021 contabiliza mais blocos e desarmes, fazendo, ao mesmo tempo, menos faltas.
Jalen Williams (20.7ppg, 5.8rpg, 5.3apg)
Williams estreia-se no top-10 de votações para a festa do basquetebol norte-americano. Mais que isso, encontra-se em boa posição para conseguir a primeira seleção para o principal evento do fim-de-semana do All-Star. Tal como Mobley, JDub continua a cimentar o seu papel fulcral para o sucesso do coletivo, ajudando a orientar os OKC no caminho de mais um primeiro lugar no West.
Com apenas 1.96m, Jalen Williams encara, a cada jogo, um adversário em vantagem antropométrica, sem nunca se acanhar. No ataque, continua a demonstrar um vasto catálogo de opções para pontuar, demonstrando-se numa segunda opção excelente para diminuir carga a Shai-Gilgeous Alexander.
Depois de vários anos de críticas relativas ao All-Star Game, a NBA decidiu substituir o formato para um torneio de eliminação de quatro equipas, com o intuito de trazer de volta a emoção, a competitividade e o entusiasmo que, durante muito tempo, marcaram o evento. Resta perceber se os amantes da modalidade vão receber esta mudança com entusiasmo e se, de facto, os jogadores trarão o espetáculo aguerrido que cola o espectador à televisão.