Eficaz e competente a defender, o Rio Ave venceu como visitante pela segunda vez na Liga. Kiko Bondoso e Clayton marcaram os golos, com os algarvios a desperdiçarem antes das duas finalizações e a cometerem erros defensivos que acabariam por se revelar fatais.

Foi com extrema eficácia que os vilacondenses se colocaram em vantagem, depois do Farense ter ameaçado duas vezes por Marco Matias, a última com grande defesa de Miszta. Kiko Bondoso agradeceu o espaço no corredor direito e aproveitou um lançamento longo de Vrousai, desenquadrando primeiro Tomás Ribeiro do lance e depois fletindo para o meio, para fuzilar.

Foi a primeira – e única – oportunidade dos visitantes até ao descanso e a vantagem foi guardada com segurança. Os algarvios sentiam dificuldades em desequilibrar no último terço, Filipe Soares ainda tentou de longe e apenas por uma vez o avanço vilacondense esteve em causa, num cabeceamento de Tomás Ribeiro, travado novamente de forma superior por Miszta.

A mesma eficácia dos forasteiros replicou-se na etapa complementar, quando Clayton aumentou a contagem, após um trabalho individual na área algarvia. Novamente com espaço. E novamente depois dos algarvios terem desperdiçado, igualmente por duas vezes. Elves Baldé foi denominador comum na construção, primeiro para Marco Matias desviar de calcanhar junto à baliza, e depois ao colocar a bola na cabeça de Poloni. Em ambas as situações, Miszta esteve atento.

O Farense acusou o golo, Andreas Ndoj esteve perto de elevar a contagem, mas uma paragem no jogo aos 78 minutos permitiu a Tozé Marreco reorganizar a equipa e a lançar Raul Silva, para o ataque, tal como o fizera, com sucesso, na sua primeira vitória no Farense, diante do Estoril. O resultado ficou a meio, dado que o central esteve na jogada da grande penalidade – servindo Tomané – que João Pinheiro apontou alertado pelo VAR, num puxão de  camisola de Petrasso ao avançado, que não desperdiçou e reduziu.

No entanto, a vontade dos algarvios – apoiados pelos seus adeptos – não foi suficiente para dar um final diferente à história.