O Presidente ucraniano, que recebeu esta segunda-feira a visita de vários líderes europeus, espera conseguir colocar um ponto final na guerra, após três anos de conflito. No entanto, Volodymyr Zelensky diz que o futuro é incerto e frisa a necessidade do país estar preparado para possíveis novos ataques.
“Esperamos conseguir acabar com a guerra este ano, não daqui a três anos. É muito difícil para a nossa nação passar por esta guerra. (…) Não possa falar de como será daqui a três anos. Eles podem voltar daqui a 10 anos, se não estivermos preparados. Mas não voltarão se os pressionarmos, se os pusermos no lugar deles, se os mandarmos de volta para os territórios deles. Se a Ucrânia fizer parte da UE e da NATO nos próximos anos, claro que nos ajudará muito.”
Rússia é ameaça para outros países
Zelensky afirma que se a Ucrânia cair, todos os países que partilham fronteiras com a Rússia correm o risco de lhes acontecer o mesmo. O presidente ucraniano lembra que, no início, Moscovo prometeu que não ia ocupar território.
As pessoas que falam russo, ou as pessoas cujas raízes ou famílias são metade estónias metade russas, como acontece com vários ucranianos, essas pessoas estão em risco, porque foi o que aconteceu com a Crimeia e com o Donbass. Inicialmente, eles disseram que não estavam a ocupar o nosso território, que estavam a defender os povos de língua Rússia. Se a Ucrânia cair, acredito que todos os países que mencionei correm o mesmo perigo, por causa da política russa e da sua visão do mundo."
“Nunca esqueceremos”
O Presidente ucraniano garante que o país e a Europa nunca vão esquecer a guerra na Ucrânia e as vítimas do conflito.
“Nunca esqueceremos. Faremos o que for preciso para travar as pessoas que começaram esta guerra, sem qualquer provocação nossa. Iremos recorrer ao Tribunal Internacional, mesmo após a parte difícil desta guerra”.