"Houve novos ataques nas áreas de operação em Kursk. O exército russo e os soldados norte-coreanos voltaram a estar envolvidos", disse o Presidente ucraniano no seu discurso diário.
Zelensky acrescentou que um "número significativo" de soldados russos e norte-coreanos foi "destruído" durante os combates.
Em 31 de janeiro, Kiev afirmou que as tropas norte-coreanas estacionadas na zona haviam sido retiradas devido às baixas sofridas em combate.
A Ucrânia assumiu o controlo de dezenas de localidades na região fronteiriça de Kursk, no oeste da Rússia, desde que lançou uma ofensiva surpresa em agosto, e afirma que cerca de dois mil civis ainda vivem nas áreas ocupadas.
O Exército russo começou a repelir esta ofensiva e já recapturou várias localidades, mas continua a não conseguir forçar o recuo das tropas ucranianas para o outro lado da fronteira, apesar do destacamento, segundo Kiev e os seus aliados ocidentais, de soldados norte-coreanos em apoio.
Zelensky referiu que as operações ucranianas na região de Kursk levaram ao destacamento de "60 mil soldados russos", o que aliviou a pressão noutras frentes de combate.
No entanto, esta ofensiva não conseguiu conter o avanço das forças russas no leste da Ucrânia, que têm vindo a avançar há mais de um ano contra as forças ucranianas, em menor número e com falta de armas.
Após meses de combates, a Rússia afirmou hoje ter capturado a cidade mineira de Toretsk, na região de Donetsk, uma conquista que, a confirmar-se, seria significativa para as tropas russas.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
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