O Ministério Público acusou o conselheiro nacional de Chega, João Rogério Veloso Silva, de crimes de dano e ameaça agravada, praticados em 2023, contra António José Cardoso, um militante do partido.

João Rogério Silva, que também é dirigente do partido em Oliveira do Hospital, é acusado de ter recorrido a uma faca para ameaçar de morte o rival interno.

O Jornal de Notícias (JN) avança que João Rogério Silva terá ainda destruído o carro da vítima, que já não é militante do partido e que também foi candidato à concelhia de Oliveira do Hospital. Os danos foram avaliados em 1856€.

Segundo o despacho de acusação, a que o JN teve acesso, a vítima passou a sentir "receio pela sua integridade física e pela sua vida".

António José Cardoso, em declarações ao JN, diz que a própria vida esteve em risco, e afirma que não morreu "porque não calhou". A vítima alega ainda que João Rogério Silva terá confessado o crime em tribunal.

"Confessou ao tribunal e publicamente também. Depois de fazer aquilo, ligou para uma série de testemunhas a dizer o que fez e até à GNR confessou."

A situação terá sido denunciada ao Conselho de Jurisdição Nacional do Chega que não afastou o dirigente.

A publicação desta quinta-feira do JN revela que o líder do partido, que não falou com a vítima durante quase dois anos, telefonou-lhe na semana passada para o convidar para ser candidato à câmara de Oliveira do Hospital para as autárquicas que se realizam este ano.

André Ventura referiu-se ao caso como "um mal entendido", conta António José Cardoso.