O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou esta quinta-feira a desclassificação dos arquivos do Governo sobre os assassínios do ex-líder norte-americano John F. Kennedy em 1963 e do ativista dos direitos civis Martin Luther King Jr. em 1968.
"Tudo será revelado", declarou o líder norte-americano aos jornalistas ao assinar o decreto na Sala Oval da Casa Branca.
Donald Trump, que tomou posse na segunda-feira, mandou também desclassificar os arquivos sobre o assassínio em 1968 do antigo procurador e senador Robert F. Kennedy, irmão do ex-Presidente dos Estados Unidos.
A ordem determina que o diretor nacional dos serviços de informação e o procurador-geral desenvolvam um plano para desclassificar os registos de John F. Kennedy no prazo de 15 dias, e de 45 para os outros dois casos, mas não ficou claro a data em que a informação será conhecida.
Trump já tinha ordenado a divulgação dos registos no primeiro mandato
No seu primeiro mandato (2017-21), Trump ordenou a divulgação substancial dos registos do assassínio do ex-Presidente John F. Kennedy (1961-63), mas alguns foram retidos devido a preocupações levantadas pelos serviços de informações.
No final do passado mês de novembro, após a sua eleição para um segundo mandato na Casa Branca, Donald Trump repetiu a sua promessa de campanha de tornar públicos os últimos ficheiros classificados como "ultrassecretos" nos Arquivos Nacionais relativos ao assassínio de John Kennedy.
Após assinar a ordem, o líder republicano passou a caneta a um conselheiro e indicou que fosse entregue ao filho de Robert F. Kennedy, que tem o mesmo nome, e foi nomeado para liderar o Departamento de Saúde e os Serviços Humanos da nova administração norte-americana.
Robert F. Kennedy Jr. pede há muito tempo a libertação dos arquivos sobre a morte do pai.
Morte de Kennedy foi mesmo assim?
A comissão oficial que investigou o homicídio do antigo Presidente dos Estados Unidos concluiu em 1964 que Lee Harvey Oswald, um antigo comando da Marinha que vivia na União Soviética, agiu sozinho, mas até hoje subsistem muitas incógnitas e especulações do que realmente aconteceu em 02 de novembro de 1963, quando Kennedy foi alvejado num cortejo nas ruas de Dallas.
Em dezembro de 2022, o Arquivo Nacional divulgou mais de 13 mil documentos, mas a administração do Presidente Joe Biden bloqueou a publicação de milhares de outros, alegando preocupações com a segurança nacional.
De acordo com o Arquivo Nacional, 99% da coleção está acessível desde então.
O irmão de John F. Kennedy, Robert Francis Kennedy, foi assassinado em Los Angeles em 5 de junho de 1968, quando estava numa posição favorável para vencer as primárias democratas para as presidenciais.
O senador democrata tinha acabado de terminar um discurso no Ambassador Hotel quando foi morto a tiro por um imigrante palestiniano nos Estados Unidos.
O líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. foi assassinado em 4 de abril de 1968 por um segregacionista branco na varanda de um motel em Memphis, para onde se tinha deslocado em apoio a uma greve dos trabalhadores da limpeza pública que lutavam por melhores condições de trabalho.
Com LUSA