
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou este sábado que ordenou uma operação contra os Houthis do Iémen. Segundo o republicano, os soldados militar norte-americanos já estão a realizar ataques aéreos contra as bases terroristas.
Numa publicação na Truth Social, Trump também avisou o Irão, principal apoiante do grupo xiita, que deve parar imediatamente o apoio, acrescentando que se aquele país ameaçar os Estados Unidos, a "América não será gentil".
"Os nossos corajosos combatentes estão neste momento a levar a cabo ataques aéreos contra as bases, os líderes e as defesas antimísseis dos terroristas para proteger a navegação, os meios aéreos e navais americanos e para restaurar a liberdade de navegação", afirmou Donald Trump numa publicação nas redes sociais.
"Nenhuma força terrorista impedirá as embarcações comerciais e navais americanas de navegarem livremente pelas vias navegáveis do mundo", frisou.
Ao mesmo tempo, Trump advertiu o Irão para deixar de apoiar o grupo rebelde do Iémen, prometendo responsabilizar totalmente o país pelas ações do seu representante.
Pelo menos nove pessoas morream
Os Huthis relataram uma série de explosões no seu território este sábado à noite. As imagens que circulam na Internet mostram nuvens de fumo negro sobre a zona do complexo aeroportuário de Sanaa, que inclui uma vasta instalação militar. A extensão dos danos ainda não é clara.
O porta-voz do ministério da saúde, administrado pelos Houthis, disse que pelo menos nove pessoas morreram e outras nove ficaram feridas devido ao ataque.
Os ataques aéreos ocorrem alguns dias depois de os Huthis terem dito que iriam retomar os ataques a navios israelitas que navegam nas águas ao largo do Iémen, em resposta ao bloqueio de Israel a Gaza. Desde então, não se registaram ataques dos Huthis.
Os Estados Unidos, Israel e a Grã-Bretanha já tinham atingido anteriormente áreas controladas pelos Huthis no Iémen. As forças armadas de Israel não quiseram comentar os ataques deste sábado, segundo a agência de notícias Associated Press.
"Estes ataques implacáveis custaram aos EUA e à economia mundial muitos biliões de dólares (muitos mil milhões de euros) e, ao mesmo tempo, puseram em risco vidas inocentes", concluiu Trump.
- Com Lusa
[Notícia atualizada às 19:49]