
À saída do tribunal no estado de Vermont, Mohsen Mahdawi defendeu que as pessoas devem unir-se em defesa da democracia e juntamente com apoiantes, cantou: "O povo unido jamais será vencido", "Sem medo" e "Palestina livre".
"Nunca desistam da ideia de que a justiça prevalecerá", disse o palestiniano.
A notificação para comparecer no tribunal de imigração alegava que Mahdawi podia ser deportado ao abrigo da Lei de Imigração e Nacionalidade, depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter determinado que a presença e atividades de Mahdawi "teriam consequências adversas graves para a política externa e comprometeriam os interesses da política externa dos EUA".
Os advogados disseram que Mahdawi --- residente permanente legal há 10 anos --- foi detido em retaliação pelo discurso de defesa dos direitos humanos palestinianos, sublinhando temer que a Casa Branca possa recorrer da decisão judicial de o libertar.
O juiz distrital dos EUA, Geoffrey Crawford, em Burlington, Vermont, emitiu a decisão, depois de uma audiência de Mahdawi, que foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega a 14 de abril.
O Governo argumentou que a detenção decorreu de um "aspeto constitucionalmente válido do processo de deportação" e que os tribunais distritais estão impedidos de ouvir contestações sobre como e quando tais procedimentos são iniciados.
Mahdawi nasceu num campo de refugiados na Cisjordânia ocupada por Israel e mudou-se para os Estados Unidos em 2014.
Enquanto estudante na Universidade de Colúmbia, Mahdawi foi um crítico acérrimo da guerra de Israel em Gaza e organizou protestos no campus até março de 2024, tendo sido cofundador da União de Estudantes Palestinianos neste estabelecimento de ensino superior.
Falando aos apoiantes, Mahdawi dirigiu-se diretamente ao Presidente dos Estados Unidis, Donald Trump, e ao Governo, dizendo: "Não tenho medo de vocês!".
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