
Mais de 1600 pessoas esperavam por uma primeira consulta para tratamentos de dependência, como droga, álcool e jogo, no final do ano passado, segundo avança esta terça-feira o jornal Público.
A lista chegou a ultrapassar as 2000 pessoas, mas o Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências conseguiu reduzi-la em 15%. Ainda assim, a redução ficou abaixo daquilo que era previsto.
Ao jornal Público, o instituto explica que os pedidos para tratamento aumentaram e que a falta de pessoal e os orçamentos baixos dificultaram o processo.
Ao longo deste ano, o ICAD quer reduzir ainda mais as listas e estabelece como meta a diminuição em 75% do número de pessoas em espera para uma primeira consulta.
“Nem na crise da droga em 1998 tínhamos tantas pessoas à espera”, disse ao jornal Manuel Cardoso, do conselho diretivo do instituto.
Com o aumento do vício no jogo, o instituto quer criar ainda em 2025 um fórum que junte entidades e operadores económicos para discutir formas de travar esta dependência. Para o álcool, o ICAD já tem um instrumento semelhante: o Fórum Nacional Álcool e Saúde.