
O jovem Mateus Paulo Jasmins Gouveia, de apenas 16 anos, foi o vencedor do concurso literário ‘Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas’. O texto com o título ‘O mar que me moldou, a pátria que me pertence’, é uma profunda declaração de amor e pertença a Portugal, transcendendo as fronteiras geográficas.
Mateus expressou a sua honra e emoção por intervir na cerimónia solene, destacando que o Dia de Portugal celebra não só um país, mas "um povo, a língua que nos une, a cultura que nos unem e a história que nos orgulham". A sua obra reflecte a forte ligação à Madeira, onde o cheiro do sal e o som das gaivotas moldaram a sua identidade.
O texto aborda a figura de Luís de Camões, que "deu a voz ao que somos", e afirma que a grandeza de Portugal não se mede em território, mas "nas palavras que o definem, nas histórias que transporta e na coragem que a carrega". A alma portuguesa, eternizada por Camões, espalha-se hoje pelo mundo através das comunidades imigrantes, que mantêm vivas as tradições e a saudade.
Mateus destaca a história de Portugal como um ciclo de conquistas e resistências, onde a nação se reinventou após momentos difíceis, como o terramoto de 1755 e a perda do império. A Madeira, embora pequena no mapa, é um espelho dessa resistência, unindo as pessoas mesmo à distância.
Para Mateus, ser português é ter no ADN "o fado das partidas e a esperança dos regressos", um sentimento que se manifesta na cultura, música, danças e sabores. Conclui que Portugal não é apenas um lugar, mas "um sentimento", que nem o tempo nem a distância podem apagar. O orgulho de ser português é uma "escolha consciente, um compromisso diário com as nossas raízes e valores", e a nação transcende o seu território, sendo "a nossa capacidade de amar sem fronteiras". Mateus reafirma que, onde quer que a vida o leve, "haverá sempre um nome maior que me define: Portugal".