
No ano em que passam 50 anos das primeiras eleições livres em Portugal, a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril coloca o foco nesse ato eleitoral que elegeu a Assembleia Constituinte a 25 de abril de 1975, um ano após a revolução. E para reforçar as comemorações e tentar chegar às gerações mais novas lança esta terça-feira a campanha "#Tens Poder", com a qual pretende "lembrar aos jovens o poder que a democracia lhes dá e para lhes mostrar que todos podem dar o seu contributo para uma democracia mais participada".
A campanha, que recorre sobretudo aos meios digitais disponíveis para acesso livre no siteda Comissão, tem uma banda sonora original criada por jovens da Academia de Música Urbana Skoola em parceria com Carolina Deslandes.
“Criámos a campanha #TensPoder para o público mais jovem, ao qual temos dedicado particular atenção nestas Comemorações. Queremos que recebam o legado do 25 de Abril, que compreendam que conquistas representou e que mantenham presente a importância de defendê-las e de continuá-las. Isso significa saberem que têm direitos, mas também deveres. Pretendemos contribuir para que os jovens tomem consciência de que são fundamentais à construção de uma sociedade melhor, mais justa, mais livre, mais participada e mais democrática”, afirma Maria Inácia Rezola, comissária executiva da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, citada no comunicado que divulga esta iniciativa.
A campanha tem informação e recursos para as redes sociais sobre oito poderes - participar, falar, colaborar, criar, aprender, divergir, trabalhar e amar - e tem outros tantos embaixadores, que são sobretudo projetos que estejam a ajudar a melhorar a qualidade da democracia e da participação em Portugal, como o MyPolis, uma associação que pretende promover a participação dos jovens e a literacia democrática.
Desta iniciativa faz ainda parte a construção de um mural em Proença-a-Nova sobre o "#Tens Poder". Segundo o comunicado da Comissão, ans dias 7 e 8 de abril, um grupo de cerca de 20 alunos do Ensino Secundário, portugueses e cabo-verdianos vão receber informação sobre o tema, para depois refletirem e debaterem. E daí haverá de surgir o projeto do mural que vão executar.