Rui Pinto volta esta segunda-feira a tribunal para responder a mais de 240 crimes. Este é o segundo processo que o pirata informático enfrenta na justiça portuguesa.

O pirata informático vai responder em julgamento por 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravados e 18 crimes de dano informático.

Além do Benfica, entre as figuras e instituições visadas encontram-se também outros clubes, Liga, empresas, sociedades de advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna.

A defesa do hacker é contra o julgamento dividido em processos diferentes, e alega que a estratégia do ministério público é ilegal. Os advogados admitem mesmo recorrer para o Tribunal Europeu dos direitos humanos.

No primeiro processo, foi condenado a quatro anos de prisão

O criador do Football Leaks foi pronunciado para julgamento em março passado, com o Tribunal Central de Instrução Criminal a amnistiá-lo de 134 crimes de violação de correspondência, com base na aplicação da lei da amnistia aprovada em 2023, durante a Jornada Mundial da Juventude, uma vez que os crimes que são imputados foram alegadamente praticados antes de ter completado 30 anos.

Rui Pinto foi condenado no caso 'Football Leaks', em setembro de 2023, pelo Juízo Central Criminal de Lisboa, a quatro anos de prisão com pena suspensa, por crimes de extorsão na forma tentada, violação de correspondência agravado e acesso ilegítimo.

Em novembro de 2023, foi também condenado a seis meses de prisão em França, com pena suspensa, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.

- Com Lusa