Os huthis não costumam comunicar as suas perdas e limitaram-se a anunciar a morte de cerca de "80 civis" desde meados de março, quando começaram os bombardeamentos ordenados pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Com a medida, Trump pretendia travar os ataques dos huthis contra a navegação internacional nos mares Vermelho e Arábico, bem como contra Israel, em retaliação pela guerra em Gaza.

O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Sarea, reconheceu implicitamente a dureza da operação militar norte-americana, ao referir-se a uma "agressão contínua" e a "massacres horríveis" no Iémen, segundo um comunicado citado pela agência de notícia espanhola EFE.

Os meios de comunicação árabes e norte-americanos afirmaram nos últimos dias que vários líderes dos rebeldes foram mortos nos bombardeamentos, que, segundo Washington, degradaram efetivamente as capacidades militares dos huthis.

A agência iemenita Saba, controlada pelos huthis, noticiou hoje que "quatro crianças e duas mulheres" foram mortas nos ataques norte-americanos de terça-feira no oeste do país.

Os rebeldes reivindicaram também o abate de um 'drone' norte-americano "quando efetuava missões hostis".

Os huthis integram o "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos radicais da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.

Os rebeldes xiitas controlam parte do Iémen, um país do sudoeste da Península da Arábia devastado por uma guerra civil iniciada em 2014.

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