A queima de uma árvore de Natal na cidade de Suqaylabiyah, no centro da Síria, espoletou protestos em todo o país pela defesa das minorias religiosas. Segundo a BBC, um grupo de homens armados com máscaras ateou fogo à árvore de Natal instalada nesta cidade de maioria cristã ortodoxa.

O sucedido fez com que milhares de manifestantes, em todo o país, reivindicassem nas ruas a proteção das minorias religiosas pelo novo governo islamista, no poder após a queda de Bashar Al-Assad.

A Síria, país de maioria sunita, é casa de várias etnias e de crentes de várias confissões religiosas.

Responsáveis do Hayat Tahrir al-Sham, (HTS) a principal facção entre as que provocaram a queda do anterior regime, responsabilizaram militares estrangeiros pelo sucedido, anunciando que os perpetradores já teriam sido detidos e que a árvore seria reposta.

A HTS, atualmente no governo sírio, facção ainda considerada como sendo uma organização terrorista pelos EUA, União Europeia, e Reino Unido, manifestou antes a sua vontade de construir "uma Síria para todos os sírios"; o que incluiria a proteção da liberdade religiosa dos cidadãos.

Em declarações à AFP, um manifestante em Damasco disse que "se não nos permitirem viver a nossa fé cristã, como antes fazíamos, deixamos de pertencer aqui".