
Donald Tusk escreveu, na rede social X, que "os russos em Istambul interromperam de facto as negociações e recusaram um cessar-fogo".
"É altura de aumentar a pressão", reclamou.
As delegações russa e ucraniana vão deixar Istambul, depois de terem concluído um dia de negociações diretas sem resultados significativos.
O chefe do executivo polaco acrescentou, a partir de Tirana, onde participou na reunião da Comunidade Política Europeia (CPE), que teve uma conversa telefónica para "retomar as tentativas de negociação" entre a Rússia e a Ucrânia com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, juntamente com os homólogos ucraniano e francês, Volodymyr Zelensky e Emmanuel Macron, respetivamente, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
De acordo com Tusk, a informação sobre a reunião em Istambul era "clara: o lado russo não mostrou boa vontade e estabeleceu condições inaceitáveis", o que, na opinião do líder polaco, indicou que a Rússia não tinha qualquer intenção real de negociar.
Os contactos diretos entre as delegações ucraniana e russa em Istambul foram os primeiros desde as primeiras semanas da guerra em 2022.
No entanto, a reunião durou apenas duas horas, tendo sido acordada a troca de mil prisioneiros de cada lado.
Além disso, as partes também "chegaram a um acordo para partilhar por escrito as condições mediante as quais um cessar-fogo podia ser acordado", relatou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan.
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