Sissoco Embaló exortou os cidadãos guineenses a terem "em atenção" a importância de "fatores chave" para consolidação dos "ganhos de 2024", nomeadamente a estabilidade política e o reforço da coesão social.

O Presidente guineense apontou para obras de reabilitação e construção de estradas em Bissau e em várias regiões do interior, indicou ainda outras infraestruturas cujas obras, disse, irão iniciar-se em 2025, para justificar a sua convicção de avanços no país.

"Consolidámos e aprofundámos relações antigas. Fizemos novos amigos da Guiné-Bissau. Contando com todos eles, assumimos uma ambição de progresso, que já está a dar os seus frutos. Guineenses, a Guiné-Bissau está em marcha", disse.

O chefe de Estado guineense referiu estar em curso uma política de valorização do território "que não vai parar" por constituir "uma aposta forte nas infraestruturas". A meta, assinalou, é dar mobilidade terrestre aos cidadãos.

O Presidente guineense destacou ainda "o grande salto" que o país deu na eletrificação com a chegada da corrente produzida pela barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri, no quadro da OMVG (Organização para a Valorização do Rio Gâmbia).

"Tem uma grande relevância estratégica e, por isso mesmo, ela é claramente estruturante", notou Sissoco Embaló.

A Guiné-Bissau "teve um avanço significativo" na mobilidade marítima em 2024 com a entrada em funcionamento de um navio, oferecido ao país por Portugal, e que foi batizado com o nome "Centenário de Amílcar Cabral", para fazer a ligação entre Bissau e as ilhas dos Bijagós, disse.

O chefe de Estado guineense, defendeu, no entanto, ser fundamental que se garanta a segurança do Estado e dos cidadãos, que haja eficiência da justiça, coesão, estabilidade para preservar os ganhos e consolidar o Estado de direito democrático.

Para 2025, Sissoco Embaló considerou ser preciso "fazer uma verdadeira aposta estratégica" na agricultura para, entre outros, promover a transformação estrutural da economia e combater a pobreza.

"Com as nossas condições agroclimáticas, não deveríamos continuar a importar a inflação com a importação de certos bens alimentares que temos a obrigação de produzir, e de fazer chegar" ao país, sublinhou Embaló.

O Presidente guineense notou que todos os projetos anunciados ou em curso só terão sustentabilidade se contarem com a participação da juventude do país a qual, disse, deve ser dado "um novo rumo" através da educação, formação, ciência e tecnologia.

Sissoco Embaló defendeu que 2024 "foi um ano intenso" em que se empenhou pessoalmente "na identificação de novas oportunidades" para fazer progredir o país face à situação internacional, sem deixar de projetá-lo no seio da comunidade internacional.

Embaló afirmou que a Guiné-Bissau "ganhou respeito e consideração" dos seus parceiros bilaterais e multilaterais.

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