"É muito importante dar sangue e as campanhas políticas também servem para dar o exemplo", disse aos jornalistas Márcia Henriques, que hoje de manhã fez uma doação de sangue juntamente com outros membros do partido.

A presidente do RIR considerou que os políticos, como figuras públicas, podem desempenhar um papel importante nesta causa e apelou à população para dar sangue.

"Dar sangue pode salvar vidas, os políticos têm esse dever, quase essa obrigação de incentivar a população a fazer o mesmo", frisou, sustentando que existem "poucas campanhas de sensibilização por parte das figuras públicas".

Márcia Henriques destacou que os portugueses são muito solidários e, quando há necessidade e é indispensável, unem-se e acabam por vir dar sangue, mas é importante tornar esta ação "mais normal e regular".

A presidente do RIR quis também aproveitar esta ação de campanha no Instituto Português do Sangue e da Transplantação para alertar para "as dificuldades na saúde", considerando que o problema no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é de "falta de gestão e organização".

Márcia Henriques salientou que as Parcerias Público Privadas (PPP) são importantes e que "a ideologia não pode prejudicar os serviços públicos".

"Existe falta de organização e gestão nas escalas dos médicos. Não podemos, enquanto gestores, dar férias e folgas ao mesmo tempo e é isso que está a acontecer com os médicos e por isso é que as urgências fecham tanto", disse.

A presidente do RIR deu ainda o exemplo dos quase mais de 200 milhões de euros que o Estado gasta anualmente com os médicos tarefeiros, defendendo, em alternativa, a contratação de médicos generalistas que acabam a faculdade para reforçar os centros de saúde.

Nas eleições legislativas de 2024, o RIR foi o segundo partido mais votado entre os pequenos ao obter 26.121 votos (0,40%).

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