"Decidimos incentivar a cabotagem marítima em reconhecimento das suas potencialidades (...), permitindo assim reduzir, significativamente, os custos de transporte de mercadorias no país, alcançando, rapidamente, o desiderato da redução dos preços dos produtos ao consumidor final", disse Daniel Chapo.

O chefe do Estado moçambicano apresentou no porto de Maputo duas embarcações de cabotagem de investimentos privados, com capacidade para duas e nove mil toneladas cada, cujo objetivo é assegurar o transporte regular de mercadorias entre os principais portos nacionais, ligando sobretudo os de Maputo, Beira, Nacala e Pemba.

Ao apresentar os meios, o Presidente de Moçambique defendeu o uso do transporte marítimo para movimentar diversa carga, sobretudo material de construção e bens alimentares, argumentando que vai reduzir a sinistralidade rodoviária e congestionamentos nas estradas nacionais.

"A cabotagem marítima é um modo de transporte sustentável, com baixa emissão de poluentes. Precisamos promover a migração da carga rodoviária para o mar, o que reduzirá o fluxo de camiões, sobretudo, no eixo norte-sul, que acentua a degradação das infraestruturas rodoviárias, principalmente da nossa espinha dorsal a EN1 [Estrada Nacional 1]", apontou.

É pretensão do Presidente ver também dinamizada a comercialização agrícola e assegurado o escoamento de produtos.

"Esta estrutura, dominada pelo modo rodoviário, encarece as mercadorias para o nosso povo. Pelo modo rodoviário encarece igualmente tudo aquilo que é transportado, mesmo para os próprios transportadores, por conta das distorções na cadeia logística", disse Chapo.

 

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