Os partidos têm tentado acertar posições no tema imigração. Pedro Nuno Santos tentou aclarar a posição do PS na entrevista que deu na semana passada ao jornal Expresso.
Uma parte do partido criticou-o. No Governo saúda-se a aproximação e à esquerda diz-se que já nada distingue os principais líderes.
Mas o que pensam os eleitores sobre este assunto?
De acordo com a sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e o Expresso, 40% dos inquiridos defendem que Portugal deve deixar vir algumas pessoas dos países mais pobres de fora da Europa, 38% respondem que devem ser poucas as pessoas autorizadas a entrar e a viver cá.
Só 4% acreditam que devem ser muitos os imigrantes a entrar e a ficar, um valor que contrasta com os 15% que defendem que as fronteiras devem estar fechadas para os mais pobres.
FICHA TÉCNICA:
Este relatório baseia-se numa sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 9 e 20 de janeiro de 2025. Foi coordenada por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL), tendo o trabalho de campo sido realizado pela GfK Metris. O universo da sondagem é constituído pelos indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 18 anos e capacidade eleitoral ativa, residentes em Portugal Continental. Os respondentes foram selecionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis Sexo, Idade (4 grupos), Instrução (3 grupos), Região (7 Regiões NUTS II) e Habitat/Dimensão dos agregados populacionais (5 grupos). A partir de uma matriz inicial de Região e Habitat, foram selecionados aleatoriamente 89 pontos de amostragem onde foram realizadas as entrevistas, de acordo com as quotas acima referidas. A informação foi recolhida através de entrevista direta e pessoal na residência dos inquiridos, em sistema CAPI, e a intenção de voto em eleições legislativas recolhida através de simulação de voto em urna. Foram contactados 3039 lares elegíveis (com membros do agregado pertencentes ao universo) e obtidas 805 entrevistas válidas (taxa de resposta de 26%, taxa de cooperação de 36%). O trabalho de campo foi realizado por 38 entrevistadores, que receberam formação adequada às especificidades do estudo. Todos os resultados foram sujeitos a ponderação por pós-estratificação de acordo com a frequência de prática religiosa e a pertença a sindicatos ou associações profissionais dos cidadãos portugueses com 18 ou mais anos residentes no Continente, a partir dos dados da vaga mais recente do European Social Survey (Ronda 11). A margem de erro máxima associada a uma amostra aleatória simples de 805 inquiridos é de +/- 3,5%, com um nível de confiança de 95%.