
A polícia russa efetuou uma rusga a um estabelecimento noturno de São Petersburgo na noite passada, após receber uma denúncia de "propaganda LGBTQIA+", referente a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e intersexuais, segundo informou, este domingo, o diário russo "Fontanka".
Segundo relata o media independente, que opera a partir de São Petersburgo, citado pela agência espanhola EFE, a polícia respondeu à reclamação de um morador, que denunciou também o uso de substâncias proibidas.
A rusga ao Department 57, em São Petersburgo, ocorreu na noite de sábado, quando Vlados Miros (Vladislav Morenov), figura conhecida da internet, tinha programado um evento, que não chegou a apresentar ao público.
O autodenominado influenciador, de 25 anos, foi detido, juntamente com a sua assistente, Anastasía Lukiná, de 27, mas ambos foram libertados depois.
Vlados Miros tem mais de 1,8 milhões de seguidores na rede social Instagram.
Nenhuma sanção foi imposta
O Ministério do Interior russo informou que, após a rusga ao estabelecimento, conversou com os organizadores do evento e adiantou que nenhuma sanção administrativa foi imposta.
A polícia também não encontrou nenhuma substância proibida no clube, onde se encontravam 52 pessoas.
Depois de, em novembro de 2023, o Supremo Tribunal russo ter declarado "extremista" o movimento LGBTQIA+ e de, em março de 2024, o ter colocado na lista de organizações terroristas, as forças de segurança russas começaram a realizar rusgas em massa em vários locais do país.
A Rússia tem intensificado a repressão de minorias sexuais, ilegalizando os símbolos e as organizações do movimento LGBTI e condenando os seus membros a penas que podem chegar a prisão.
Com Lusa