
A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai aguardar mais alguns dias pelos documentos solicitados antes de decidir o rumo a dar à averiguação preventiva relacionada com a aquisição de um imóvel em Lisboa por parte de Pedro Nuno Santos.
"As pessoas não são obrigadas a entregar os elementos que são solicitados. Mas nós admitimos que a falta de elementos pode ter a ver com a campanha eleitoral", disse à agência Lusa o procurador-geral da República, em Faro, à margem da sessão solene do Dia do Advogado.
Segundo Amadeu Guerra, a questão será "analisada mais uma vez para a semana, eventualmente ainda esta semana".
"Não sou eu que vou fixar o prazo. São os colegas do DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal", esclareceu Amadeu Guerra.
O Ministério Público (MP) abriu há mais de um mês uma averiguação preventiva na sequência de receção de denúncias na qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
Segundo o jornal "Observador", que avançou com a notícia em meados de abril, em causa estão suspeitas relacionadas com a aquisição de um imóvel em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo.
A averiguação preventiva "corre termos" no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual é investigada a criminalidade económico-financeira mais complexa.
De acordo com Amadeu Guerra, este caso pode ou não ter a ver com outro inquérito aberto no Porto a partir de denúncias anónimas e que foi arquivado sem que tenham sido feitas diligências.
Com Lusa