
A explosão que ocorreu hoje no porto de Shahid Rajai, perto da cidade de Bandar Abbas, no sul do Irão, fez pelo menos quatro mortos e mais de 500 feridos, segundo um novo balanço das autoridades iranianas.
"Infelizmente, pelo menos quatro mortes foram confirmadas pelos socorristas", disse o chefe das operações de ajuda do Crescente Vermelho iraniano, Babak Mahmoudi, em declarações à televisão estatal do Irão, citadas pela agência de notícias France-Presse.
Além destas mortes, mais de 500 pessoas ficaram feridas na explosão no porto de Shahid Rajai.
A explosão causou um incêndio que os serviços de emergência ainda estão a tentar extinguir e que exigiu o recurso a helicópteros para ajudar no combate.
A televisão estatal iraniana mostrou imagens de uma enorme nuvem negra sobre o porto, bem como cenas de pânico na zona, e indicou que a explosão foi tão forte que danificou edifícios e carros na área envolvente, tendo sido ouvida a mais de 10 quilómetros de distância.
A "forte explosão" ocorreu na área alfandegária iraniana, por razões que ainda se desconhecem.
"É altamente provável que a explosão tenha tido origem num depósito de produtos perigosos e produtos químicos localizado na zona portuária", disse a alfândega do porto de Shahid Rajai, em comunicado.
Por sua vez, o governador da província de Hormozgan, onde ocorreu o acidente, Mohammad Ashuri, disse que "a origem da explosão ainda é desconhecida", mas apontou para alguns contentores sem dar mais explicações.
O primeiro vice-presidente do Irão, Mohamed Reza Aref, ordenou "uma investigação imediata e completa para determinar a causa exata do acidente e a extensão dos danos".
As atividades portuárias foram suspensas para que as forças de segurança e de socorro possam controlar rapidamente a situação, segundo a agência de notícias Tasnim.
No Irão, o sábado é o primeiro dia útil da semana.
Shahid Rajai é um porto comercial e industrial em Bandar Abbas, capital da província de Hormozgan, cobrindo uma área superior a 2.400 hectares e com uma capacidade anual para movimentar mais de 88 milhões de toneladas de carga.