
O presidente do PSD pediu hoje um voto de confiança para oito anos e apelou diretamente aos eleitores que votaram no PS ou Chega e querem estabilidade para que concentrem os seus votos na AD.
No jantar de aniversário dos 51 anos do PSD, que reuniu cerca de 1.800 pessoas no Centro de Congressos de Lisboa, Luís Montenegro disse não estar a falar "nem para os partidos nem para os políticos" do PS e do Chega, mas para quem votou neles nas eleições de há um ano.
"Convém relembrar-lhes que a nota dominante deste ano foi que, para os socialistas, nunca foi de dispensar, pelo contrário, o apoio do Chega. Para o Chega, nunca foi de ignorar a junção com o PS, para ver se perturbavam a ação do Governo", criticou.
A esses eleitores, pediu que não liguem tanto "às tricas verbais, às tiradas de campanha eleitoral, às mudanças de visual político, àquilo que são as promessas de fazer tudo aquilo que não foram capazes de fazer no passado, ou às promessas de vender a ilusão de que tudo pode ser feito de um dia para o outro".
"Se querem garantir a estabilidade, deem um voto de confiança àqueles que conseguem materializar a estabilidade (...) àqueles que não precisam de ofender ninguém, de estar sempre a tratar mal dos outros, de estar sempre a deitar para baixo", afirmou, pedindo a concentração desses votos na AD.
Sobre as eleições do próximo dia 18 de maio, o líder do PSD considerou que "os dados são cada vez mais seguros" de que os portugueses "têm hoje uma preferência" pela continuidade do Governo que lidera e pediu que seja feita uma comparação entre o que fez em onze meses e o que os anteriores executivos do PS fizeram em oito anos.
"Imaginem quem fez isso em onze meses, o que não será capaz de fazer não em quatro anos. Imaginem o que é que não será capaz de fazer nos próximos oito anos. E aí, o termo de comparação vai ser mais justo, mais equilibrado", afirmou.
Neste ponto, o primeiro-ministro fez uma defesa do legado de Cavaco Silva, o único líder do PSD que conseguiu liderar o Governo por uma década.
"Quando eu vejo tanto incómodo quando o Presidente e primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva está connosco, o que verdadeiramente motiva esse incómodo é o reconhecimento de que ele personifica o período histórico com maior desenvolvimento desde o 25 de Abril", afirmou.